Uma notícia maravilhosa me veio neste momento especial, o mês em que comemoramos o nascimento de Jesus. Cientistas ficaram enlouquecidos com a descoberta da inscrição mais antiga que declara “Jesus é Deus”, alegando que a gravura de 1,8 mil anos pode mudar nossa compreensão do cristianismo.
O mosaico é “a maior descoberta desde os manuscritos do Mar Morto”, declara Carlos Campo, CEO do Museu da Bíblia, em Washington DC, onde esta relíquia teologicamente significativa está abrigada desde julho, informou o Jewish News Syndicate (JNS).
Apelidado de Mosaico de Megiddo, o artefato estava originalmente sob o piso da prisão de Megiddo, em Israel, em 2005. Foi escavado em pedaços por quatro anos, pela autoridade de Antiguidades de Israel. Gil Lin, chefe do Conselho Regional de Megiddo, diz que ele teria adornado uma capela particular em 230 d.C., “a mais antiga casa de oração conhecida”.
Inscritas no mosaico em grego estão as palavras “o amante de Deus Akeptous ofereceu a mesa a Deus Jesus Cristo como um memorial”. Lin descreve isso como “a primeira proclamação física de Jesus Cristo como Deus”.
O mosaico apresenta evidências físicas inovadoras de práticas e crenças dos primeiros cristãos, incluindo o primeiro exemplo arqueológico da frase “Deus Jesus Cristo”, afirma a curadora da exposição, Alegre Savariego. Isso é significativo, pois o artefato declarou Jesus Cristo como Deus antes que o cristianismo se tornasse parte do Império Romano, informa o JNS.
O mosaico traz a imagem de peixes, um dos símbolos dos cristãos da igreja primitiva. Megiddo, projetada pelo artesão Brutus, também apresenta algumas das primeiras representações destes símbolos característicos do Messias na teologia cristã. No evangelho de Lucas 9:16, na Bíblia, Jesus multiplicou dois peixes e cinco pães, alimentando 5 mil pessoas.
Enquanto isso, a tábua de pedra de 1,5 mil anos, gravada com a mais antiga inscrição conhecida dos Dez Mandamentos, chegará ao leilão da Sotheby's de Nova York este mês e pode ser negociada por até US$ 2 milhões. Também foi incluída uma referência a Gaiano, oficial romano que encomendou o azulejo durante a ocupação romana da Judeia.
Isso, aliado à proximidade do mosaico de um acampamento romano, sugere que os romanos conviveram com os cristãos até certo ponto, apesar das evidências notórias de derramamento de sangue e violência envolvendo essa relação.
“Sem dúvida, é uma das descobertas arqueológicas mais importantes para a compreensão da igreja cristã primitiva”, diz Bobby Duke, diretor da Scholars Initiative do Museu da Bíblia. “O mosaico apresenta uma riqueza de novos dados para os historiadores da Igreja”, afirma.
A peça inclui nomes de cinco mulheres: Primilla, Cyriaca, Dorothea, Chreste e Akeptous, essa última criticada por doar uma mesa para o salão de orações. “O mosaico ressalta o papel crucial das mulheres na igreja primitiva”, deduz Duke.
Após o encerramento da exposição no Museu da Bíblia, em julho de 2025, a decoração sagrada do piso retornará a Israel, onde será exibida no local exato onde foi exumada.