Na coluna de ontem, abordamos regras que devem ser seguidas na comemoração de fim de ano da empresa. Entre elas, não beber exageradamente; abordar assuntos neutros com os colegas, evitando polêmicas e fofocas que podem dar pano para briga; deixar de lado piadas pesadas. Especialistas advertem que o “filme queimado” na festa da firma pode influenciar o futuro do colaborador naquela corporação.

 

 


Na verdade, embora seja uma festa, trata-se de evento de trabalho. Ou seja, todo cuidado é pouco nessas ocasiões.

 



 


Pois não é que deparei com a notícia de que o Palácio de Buckingham investiga funcionários envolvidos em briga num bar londrino durante a celebração de Natal da equipe?

 


A agência France-Presse (AFP) revela que a confusão vem dando o que falar na imprensa britânica, depois de noticiada pelo tabloide The Sun, especializado em babados dessa natureza.

 


De acordo com o jornal, 50 funcionários do Palácio de Buckingham, residência oficial do rei Charles III, decidiram dar continuidade à recepção na casa real esticando em um bar na Victoria Street, no Centro de Londres.

 


Regada a álcool – pelo visto, muito álcool –, a comemoração virou um quiproquó daqueles. De acordo com o tabloide, uma funcionária de Buckingham, de 24 anos, ficou “fora de controle”, quebrou copos e confrontou os funcionários do bar.

 

 


Resultado: a baderna pegou mal e "sobrou" para os patrões – ou seja, a família real, cujas próprias confusões são alvo eterno dos tabloides ingleses.

 


Um porta-voz de Buckingham, consultado pela AFP, disse estar ciente do problema “fora do local de trabalho” envolvendo “vários funcionários do palácio”.

 


“Os eventos serão totalmente investigados, um rigoroso processo disciplinar será aplicado aos membros da equipe (envolvidos) e as medidas apropriadas serão tomadas”, acrescentou.

 


A polícia de Londres confirmou que teve de agir na noite de terça-feira (10/12), “às 21h21”, em um bar na Victoria Street, onde uma jovem foi presa e liberada no dia seguinte.

 

 


Isso vem mostrar que a saia-justa não se limita ao local “oficial” da festa da firma. Esticadas podem ser comprometedoras. Aliás, quantas vezes, num bar, ouvimos pessoas já meio “altas” falando de chefes, gente que, coincidentemente, conhecemos? Há muitos casos assim envolvendo pessoas públicas.

 


Por isso, não é demais relembrar as dicas da especialista Vanessa Chiarelli Schabbel, diretora-executiva da Bop Comunicação Integrada, relativas a festas de fim de ano corporativas.

 


São elas: não beber exageradamente; dar atenção ao dress code, evitando roupas comprometedoras; não rejeitar interações sociais, pois conversar apenas com os colegas de seção durante a festa é um gesto para lá de antipático; tomar cuidado com comentários inapropriados; confundir informalidade com intimidade; e, por último, dar o bolo no evento de confraternização, o que indica pouco apreço aos colegas e chefias.

 

* Isabela Teixeira da Costa/Interina

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