

Pernas pra que te quero: andar livremente é uma graça que não tem preço
Com o carnaval chegando, é hora de pensar um pouco nas pernas, andar um pouco todos os dias para aumentar a resistência delas
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Nunca pensei chegar na idade em que estou. E a tentativa daquela acompanhante de me derrubar, para poder roubar a casa mais à vontade, não foi adiante, pois minha família acudiu antes. Depois de ficar vários dias hospitalizada, voltei para casa meio “tô cá, tô lá”. Amanheço boa e vou esmorecendo ao longo do dia.
Porém, isso não acontece com as tarefas profissionais e domésticas. A casa pede cuidados diários que não podem ser relegados. A arrumadeira chega e me conta que a máquina de lavar roupa “acabou”. Felizmente, ela pode comprar com o cartão dela. Não preciso ir à loja providenciar outra, pois não tenho esses cartões para pagar depois.
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Outro lance que dá emoção e muito trabalho é o jardim. Já contei aqui que quando comprei minha casa, construída no meio do lote, ela era cercada por chão de terra batida. Como tenho mão verde, atualmente tudo está cheio de plantação.
Além do jardineiro habitual, que vem aqui uma vez por mês, é preciso contratar gente para adubar, podar, colocar todas as plantas crescendo nos lugares e espaços certos.
Aliás, tenho belos exemplares de plantas de jardim que trouxe de outros locais. Nessas minhas viagens, as mudas pequenas vinham na mão, dentro do avião.
Vários dias de hospital “amolecem” as pernas. Como já disse, elas amanhecem boas e vão esmorecendo ao longo das horas. Uso de tudo para poder circular, mas andar livremente é uma graça que não tem preço nem substituição. Recorro a cadeiras, andador, bengala e tudo mais. Porém, não é – e nunca será – igual aos pés no chão.
Quem chega para me visitar sempre encontra uma tarefa: mudar enfeite de lugar, procurar docinhos na geladeira, agradar-se sozinho. Quem sou eu para correr do armário à geladeira em busca de agrado para a visita.
A dificuldade de locomoção me trouxe uma triste certeza: as férias internacionais acabaram de vez. Logo comigo, que sempre adorei andar de pé no chão – na juventude, fazia isso dentro de casa e até na rua.
Por falar em rua, sempre fui louca por carnaval. Aqui em BH, já desfilei na escola Canto da Alvorada; no Rio, saí na Império Serrano. Ainda bem que fiz isso em data certa; atualmente, não daria nem na ala das velhas que só andam e não precisam dançar.
Pernas para que te quero é lembrete que dá muito certo, embora poucos pensem nelas, tão úteis na hora de um aperto. A não ser, claro, para fugir...
Pois com o carnaval chegando, é hora de pensar um pouco nas pernas, andar um pouco todos os dias para aumentar a resistência delas. Só brasileiro de pouca sensibilidade não gosta de carnaval.