Anna Marina
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Médico Andrei Moreira lança livro que trata das dores do passado

Obra é um convite à reflexão sobre como dores vividas no passado podem influenciar as relações e justificar comportamentos no presente

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“Se você não se curar do que te feriu, irá sangrar em cima de quem não te machucou” é o título do livro que o médico e escritor mineiro Andrei Moreira lança amanhã (26/3) no Teatro da Biblioteca Pública, na Praça da Liberdade, a partir das 19h30. Ele convida o leitor a refletir sobre como dores vividas no passado podem influenciar as relações e justificar comportamentos no presente, e explica que quando permanecemos fixados no ciclo de dor, com as feridas ativas, sangramos em todas as relações.

 


Para o autor, as relações adoecem por causa do que não é curado em nós e no outro. “A imensa maioria dos conflitos de casal, amizade ou profissional, nada tem a ver com a relação em si, mas com dinâmicas construídas sobre nossas feridas interiores, defesas e reatividades que são projetadas naquela relação, gerando conflitos e danos”.


Como sair? A resposta pode parecer paradoxal: “Dar-se aquilo que lhe faltou”. Essa é a grande autonomia da vida adulta e a marca do desenvolvimento pessoal. “Não é uma tarefa simples nem fácil, nem mesmo rápida, porém, é fundamental de ser buscada com afinco e determinação”.

O processo de cura começa ao reconhecer qual é a doença que muitas vezes remete aos primeiros anos de vida. “As feridas infantis mais comumente reconhecidas e estudadas são rejeição, abandono, injustiça, humilhação, violência e traição. Todas surgem na infância, assim como as defesas para sobreviver a elas, gerando padrões de comportamento e afetivos que estarão ativos durante toda a existência em diferentes níveis e manifestações. Ao longo da vida, novas feridas surgem, gerando novas defesas ou comportamentos. No entanto, boa parte delas são reativações das feridas infantis”, afirma.


Moreira esquematizou os ciclos que sintetizam de um lado os movimentos de perpetuação da dor e, do outro, os movimentos de expansão e alívio interior que podem levar à cura. O amor surge como maior vetor dessa transformação por meio do acolhimento, da compaixão e da aceitação. “O ciclo da dor é automático, é consequência das circunstâncias e estratégias de adaptação e sobrevivência. Já o ciclo da cura precisa ser ativado e desencadeado por estratégias de responsabilização pessoal e expansão da consciência”, diz.

 

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O autor se baseia em sua experiência pessoal como homeopata e terapeuta sistêmico de constelação familiar e estudos profundos na área da psicologia. “Nos casulos mais apertados, podem se formar as mais belas asas. No entanto, é preciso saber sair do sufoco do espaço de transformação, abrir as asas e voar alto”, afirma e nos lembra que “não somos o que nos aconteceu, somos aquilo que decidimos nos tornar”, citando Carl Gustav Jung.


Durante a noite de autógrafos, Andrei Moreira fará um bate papo com a plateia, tendo como entrevistadora a jornalista e colunista deste jornal, Patrícia Espírito Santo.

As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.

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