No Novo, ora cá, ora lá, a pré-candidata Luisa Barreto (Novo), ex-secretária de Estado de Planejamento e Gestão já foi cogitada para compor a chapa do deputado estadual Bruno Engler (PL), como aceno ao bolsonarismo. Quando em Belo Horizonte, em junho, o presidente nacional do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, chegou a condicionar a aliança PL-Novo ao apoio de Jair Bolsonaro ao governo de Minas e à Presidência da República, em 2026. Há também, no Novo, quem converse com o prefeito Fuad Noman (PSD) tentando encaixar Luisa na vaga; mas há quem sonhe com uma composição com o deputado estadual Mauro Tramonte (Republicanos); e também, houve quem apostasse numa chapa Carlos Viana (Podemos) – Luisa Barreto. Apesar de tantas tratativas, em tiros para todos os lados, Luisa Barreto segue pré-candidata.

 

Mas Luisa não é a única a enfrentar dificuldades em alcançar a adesão de sua própria legenda. Desde que adiou o pedido de licença do Senado, em princípio previsto para 2 de julho, cedendo espaço ao primeiro suplente Castellar Guimarães, advogado e ex-secretário municipal de governo, o clima não anda bom no Podemos. Nesta segunda-feira, Viana deixou a presidência municipal do partido, sendo substituído por Rony Rinco Rodrigues, marido da deputada federal Nely Aquino, presidente em Minas. Viana, que antes de decidir permanecer no Podemos tentou se articular com o Republicanos, com o PL e com o MDB, ensaiou recentemente aproximação com o PSDB. Determinado como é, segue firme com a pré-candidatura à cata de alianças e de um vice. No andor da campanha, mais casos podem surgir.

 

“Cristianizar” ganhou status de verbo nas eleições presidenciais de 1950. Sem conseguir firmar a aliança pretendida com o PTB, de Getúlio Vargas, o PSD decidiu lançar a candidatura do mineiro Cristiano Machado à Presidência da República. Favorito, Vargas havia formalizado a coligação com o PSP do governador Ademar de Barros, garantindo capilaridade em São Paulo, maior colégio eleitoral do país – e que lhe era adverso. Prospectando a vitória de Vargas e antecipando-se às urnas, alguns dos líderes do PSD resolveram “abandonar” Cristiano Machado. Apostaram na expectativa de poder. Foi assim que embora oficialmente reconhecido como candidato da legenda; ignoraram Cristiano Machado e trabalharam pela eleição de Vargas. Cristiano Machado terminou a corrida com 21,49% das preferências, atrás de Eduardo Gomes (UDN), com 29,66% e de Getúlio Vargas, eleito com 48,73% dos votos. A partir daí, não há pleito em que o “verbo” não seja resgatado.




 

Gripe

Em decorrência de uma forte gripe, o presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD), deixou para protocolar nesta quinta-feira o projeto de lei complementar para a repactuação da dívida dos estados com a União. A matéria será apreciada diretamente pelo plenário.

 

Dentro... e fora

Durante a reunião com Rodrigo Pacheco para a apresentação do projeto de repactuação das dívidas, os governadores do Rio de Janeiro, Claudio Castro (PL); do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB); de Goiás, Ronaldo Caiado (União); de Minas, Romeu Zema (Novo); e o vice-governador de São Paulo, Felício Ramuth (PSD), teceram elogios. Gostaram muito das linhas gerais da proposta que poderão zerar os juros – atualmente de 4% – mantendo apenas o indexador do IPCA. Por isso causaram surpresa as considerações de Romeu Zema ao projeto, quando deixou a reunião. Zema achou “insuficiente” a proposta.

 

Interpretação

O líder do governo Zema na Assembleia Legislativa, João Magalhães (MDB), diz que a intenção do governador é aprimorar a proposta de Rodrigo Pacheco para dar condições ao estado de quitar a dívida em dez anos. “O governador está conversando para criar condições de pagar a dívida, porque se fosse só para empurrar, aprovaria o regime que está aqui na Assembleia”, sustenta o líder. “O projeto de Brasília é melhor do que o RRF, pois prevê redução dos juros e amortização com ativos. Mas ele é ideal, pois não está fazendo o deságio no estoque da dívida, conforme havia sido anunciado inicialmente”, considera João Magalhães.

 



Eleição no CFM


O Conselho Federal de Medicina (CFM) realizará, em 6 e 7 de agosto, a eleição para a escolha dos novos conselheiros. Cada estado escolherá dois conselheiros – um titular e um suplente. Os eleitos indicarão o novo presidente e integrantes da diretoria-executiva da instituição para o período 2024/2029. Relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito da COVID-19, realizada pelo Congresso Nacional, sustentou que a postura do CFM durante a pandemia foi “temerária, criminosa e antiética” ao não condenar a prescrição de medicamentos sem eficácia. Mais recentemente, o ministro, Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu resolução CFM que proíbe a utilização de uma técnica clínica (assistolia fetal) para a interrupção de gestações decorrentes de estupro, acima de 22 semanas.


Candidaturas

Duas chapas disputam em Minas Gerais a representação no CFM. O médico infectologista e professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Unaí Tupinambás e a médica coloproctologista e professora da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) Karine Zanini, que formam a chapa Minas Muda CFM: pregam a renovação do conselho, que hoje mantém composição com profissionais há mais de dez anos. A outra chapa é encabeçada por Alexandre de Menezes Rodrigues, atual conselheiro por Minas, que disputa a reeleição, tendo por suplente, Cibele Alves de Carvalho.



TRF-6 inaugura Central de Atendimento

O Tribunal Regional Federal da 6ª Região (TRF6) inaugurou ontem a Central de Atendimento de Informações Processuais, destinada a advogados e partes envolvidas em processos judiciais. A iniciativa é da presidente do TRF6, desembargadora federal Mônica Sifuentes, e do vice-presidente e corregedor, desembargador federal Vallisney Oliveira. O objetivo é oferecer informações com rapidez e qualidade sobre o andamento dos processos judiciais no âmbito do tribunal. A Central de Atendimento funcionará nos dias úteis, das 12h às 18h, de forma presencial, na Avenida Álvares Cabral, 1.807, Bairro Santo Agostinho, em Belo Horizonte, e também por meio virtual e por e-mail.

 

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Novo PAC

A Câmara Municipal de Belo Horizonte aprovou em primeiro turno o Projeto de Lei 914/2024, de autoria do Executivo, que autoriza a concessão de empréstimo de R$ 468,6 milhões junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) e à Caixa. A matéria será votada em segundo turno nesta quinta-feira. Os recursos serão empregados para a aquisição de 100 ônibus elétricos, a implantação de infraestrutura e serviços públicos na Izidora, além da urbanização de vilas, criação de parque linear e construção de unidades habitacionais na Vila Cabana do Pai Tomás.

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