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Dois dias depois de fechadas as urnas, o prefeito Fuad Noman (PSD), candidato à reeleição, incorporou em sua base eleitoral da campanha em segundo turno a maior parte dos votos das candidaturas de Rogério Correia (PT)-Bella Gonçalves (Psol); e de Duda Salabert (PDT)- Francisco Foureaux; além de, em média, aproximadamente 57% dos 25,77% dos votos válidos conferidos nas urnas pela população da cidade às chapas Gabriel Azevedo (MDB)-Paulo Brant (PSB) e de Mauro Tramonte (Republicanos)-Luísa Barreto (Novo).

 

 

Em decorrência desse movimento, Fuad Noman, que neste domingo saiu das urnas com 26,54% dos votos válidos, posicionado atrás de Bruno Engler com 34,38% dos votos válidos, lidera, neste momento, a corrida em segundo turno, segundo o Datafolha de 8 e 9 de setembro, divulgado nesta quinta-feira. Nessa pesquisa, Fuad tem 48% das intenções de voto estimulada e Bruno Engler, 41%; 8% não votam em nenhum; 4% estão indecisos.

 

 

Se considerados os votos válidos – o que exclui nulos, brancos e indecisos –, Fuad tem, neste levantamento do Datafolha 53,9% das intenções de voto e Engler 46,1%. Enquanto o prefeito incorporou nesses primeiros dias após a eleição de domingo, cerca de 27 pontos percentuais do eleitorado que votou em outras candidaturas, Bruno Engler absorveu aproximadamente 12 pontos percentuais. Por estar no centro do espectro ideológico direita-esquerda, Fuad Noman tem menor distância a percorrer até os eleitores que votaram em outros candidatos de centro e esquerda em relação a Bruno Engler, que está posicionado na extrema direita.

 

 

Exatamente por isso, 44% dos eleitores de Fuad Noman consideram-no o “candidato ideal” e 56% apontam-no como a segunda opção de voto. Entre eleitores de Bruno Engler – que incorporou menos eleitores dos demais candidatos –, 63% avaliam-no como o “candidato ideal”, 35% como a segunda opção e 2% não souberam responder.

 

 


Embora o centro político no espectro ideológico direita-esquerda seja uma posição que, no contexto da tecnopolítica, dificulta o destaque de uma candidatura menos conhecida entre uma dezena de concorrentes no primeiro turno, em segundo turno, é a posição que mais tende a se beneficiar, sempre que concorre com um adversário posicionado ao extremo.

 

 

É o caso de Fuad Noman e Bruno Engler. Entretanto, apesar da vantagem com que Fuad Noman larga neste segundo turno, é uma eleição difícil, com candidatos buscando cada voto. Em primeiro lugar porque numa disputa binomial a distância entre as duas candidaturas cresce ou se reduz sempre em dobro: o voto que sai de um vai para o outro. Além disso, o engajamento orgânico da extrema direita nas mídias digitais é conhecido, assim como a mobilização em véspera das eleições. Ao mesmo tempo, pesa contra Engler uma rejeição de 48% do eleitorado belo-horizontino.

 

 


Como estratégia, Fuad Noman tem interesse em contrapor a sua experiência administrativa à inexperiência de Bruno Engler – e este será um dos motes da propaganda gratuita. Além de procurar desgastar Fuad Noman ampliando as críticas aos serviços na cidade, Engler seguirá agarrado às lideranças raiz do bolsonarismo, anunciando a guerra cultural para transformar Belo Horizonte na capital mais conservadora do país.

 

 

Ao mesmo tempo, torce para uma polarização ao estilo da campanha presidencial, o que, ao que tudo indica, se depender de Fuad Noman, não vai ocorrer.

 


Para Fuad Noman e Bruno Engler, a corrida agora é também contra o tempo: ou troteiam ou saem da estrada.

 

 

Volta à casa

Luísa Barreto (Novo) reassumirá, nesta segunda-feira, a Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag). Luísa deixou a secretaria para concorrer à PBH. Quem a substituiu foi Camila Barbosa Neves, que era subsecretária de Inovação e Gestão Estratégica desde 2022.

 

 

Com o retorno da titular, Camila retornará à sua função original. Ainda sem definição sobre a sua posição política no segundo turno das eleições em Belo Horizonte, Luísa Barreto afirma: “A definição sobre apoio será do partido, que ainda está debatendo”.

 


Com Engler

O vice-governador Mateus Simões (Novo) vai votar em Bruno Engler. “Eu darei meu voto e apoio ao Bruno. Não tenho condições de caminhar com Fuad considerando os apoios que ele anunciou. Mas falo por mim”.

 


Como no Rio

O presidente estadual do PSD, deputado estadual Cássio Soares, defende a estratégia de Eduardo Paes (PSD), reeleito em primeiro turno no Rio de Janeiro em Belo Horizonte: fará campanha com o centro político, discutindo as questões da cidade e absorvendo o apoio dos eleitores à esquerda. No primeiro turno, Fuad Noman já adotou essa linha.

 


Pedidor de votos

O vereador Álvaro Damião (União), candidato a vice na chapa de Fuad Noman (PSD) tem por principal tarefa manter a interação da campanha com as vilas e favelas, onde já é bem votado. “Sou pedidor de votos”, diz. Acordos e novas alianças estão a cargo do prefeito, diz ele.

 


Débito previdenciário

Não há limite quantitativo para o número de parcelamentos de débitos previdenciários novos, que municípios possam ter com os seus respectivos institutos de previdências dos servidores municipais. Para o parcelamento, é obrigatória a autorização em lei. O entendimento é do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCE).

 

 

Os conselheiros aprovaram por unanimidade o voto do relator Durval Ângelo a consulta formulada por Camila Aparecida Rocha do Espírito Santo, diretora do Departamento de Controladoria-Geral do município de Paraopeba.

 

Rede social

Uma rede social foi condenada a indenizar usuário em R$ 5 mil, por danos morais, após ter tido o seu perfil desativado sem aviso prévio. A decisão foi do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), que manteve sentença da Comarca de Carmo do Paranaíba, na região do Alto Paranaíba.

 

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Segundo relato no processo, o usuário usava a rede social para fins profissionais e se surpreendeu com a desativação da conta, não obtendo sucesso na recuperação. Foi informado que o bloqueio ocorreu “sem motivação e prévia notificação”.