Os Emirados Árabes Unidos, país sede da última COP, foi a primeira nação a apresentar sua NDC, que objetiva reduzir as emissões do país em 47%. O Brasil, que apesar de ter anunciado sexta-feira, só apresentou sua NDC hoje, estabelecendo meta de 67%, e o Reino Unido, que apresentou sua NDC ontem, estabeleceu meta de 81%. Vale lembrar que um dos desafios dos britânicos é reduzir a participação do gás natural, que hoje equivale a 32%, na sua matriz energética. Mais NDC devem surgir nos próximos dias.
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Já na frente do financiamento climático, os Bancos de Desenvolvimento divulgarão uma estimativa de apenas US$ 170 bilhões anuais para países em desenvolvimento lidarem com questões climáticas. O anúncio causou frustração e aumentou o receio de que os países desenvolvidos não aumentarão significativamente os valores do acordo de financiamento climático. Atualmente o repasse anual é de US$ 100 bilhões, mas segundo estimativas da ONU, deveria ser de US$ 2,4 trilhões para suprir as necessidades impostas pelas mudanças climáticas.
No Hub da Amazônia Brasileira aconteceu o COP30 Day, onde o governador do Pará, Helder Barbalho, apresentou os detalhes do planejamento da próxima COP, que acontecerá em Belém.
Marcello Brito
Falando em COP30, outro assunto tem movimentado os bastidores da COP29. Trata-se da escolha do High Level Champion, pessoa que lidera as articulações da COP com o setor privado.
O nome de Marcello Brito parece estar mesmo se consolidando como preferido. Além de sua sólida trajetória no setor privado e de um trabalho primoroso como Secretário Executivo do Consórcio dos Estados da Amazônia, que elevou a instituição a um novo patamar de articulação nacional e internacional junto ao Governo Federal, sociedade civil organizada, instituições bancárias, organismos multilaterais e representantes da União Europeia, Reino Unido, China e dos Estados Unidos, por exemplo, Brito é o preferido de Helder Barbalho, governador que sediará a COP30 em Belém.
Com uma agenda movimentada em Baku, Marcello recebeu o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, no Hub da Amazônia, em um evento que balançou a COP; participou de um longo diálogo com os representantes da CNI para discussões sobre o futuro sustentável da indústria; realizou diversas reuniões bilaterais e tem fortalecido a imagem das delegações dos estados amazônicos em painéis que contam com a participação de diversas entidades internacionais. Com trânsito fácil no setor privado, terceiro setor e governo, com evidente capacidade de diálogo internacional e inter setorial e com uma lista com centenas de apoiadores, entre empresas, ONGs e indivíduos, Brito vai se tornando o nome óbvio para o cargo.