A evolução tecnológica é constante e está cada vez mais presente no cotidiano, sendo difícil ignorá-la. As crianças e jovens, por exemplo, têm se tornado mais adeptos, paulatinamente. O grande problema é que estudos indicam a relação direta do uso exacerbado de telas, por exemplo, com casos de depressão.
Para se ter uma ideia, um levantamento da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) revelou que 72% das pesquisas mundiais, envolvendo o consumo de tecnologias, relacionam esse hábito com a crescente presença de depressão entre jovens.
Infelizmente, os motivos são variados. Contudo, é possível apontar a comparação e os sentimentos negativos, decorrentes do monitoramento de publicações nas redes sociais, como algumas das causas, mesmo que, muitas vezes, inconscientemente. Geralmente, o conteúdo apresenta a exposição de vidas perfeitas, situação inexistente na vida real, influenciando pensamentos e afetando autoestima, provocando casos de ansiedade e depressão.
A verdade é que essa situação também debilita as habilidades de interação e raciocínio, porque se trata de um conteúdo irreal e disponível em grande quantidade gratuitamente. Dessa forma, a comunicação acaba se tornando virtual, majoritariamente, afetando, até mesmo, o relacionamento familiar.
É importante alertar que esse hábito, inclusive, é desenvolvido pelos próprios pais, que ficam tão absortos pelas telas, a ponto de esquecerem de dar atenção aos filhos. A situação é, por sinal, considerada um dos principais motivos para registrar dez diagnósticos de depressão, entre crianças de 1 a 4 anos, em Belo Horizonte, porque passaram a não receber afeto.
É importante atenção aos sinais e comportamentos. As crianças não se expressam da mesma forma que os adultos, porém, demonstram, apresentando irritabilidade, agressividade, inquietação e isolamento. Se for o caso, é preciso buscar atendimento profissional para evitar um maior agravamento da condição mental.