As perdas são sempre dolorosas, mesmo aquelas de caráter amoroso. A verdade é que o processo, lamentavelmente, pode provocar desequilíbrio e a sensação de falta de direção e sentido na vida. A questão é: por que o fim de um relacionamento é tão doído?



É essencial entender que os relacionamentos criam uma conexão, pautada em companheirismo e afeto, proporcionando conforto e bem-estar. Afinal, os envolvidos passam a dedicar parte de suas vidas uns aos outros, dividindo-as, desde compartilhar momentos de lazer e felicidade e até mesmo os ruins, como problemas e inseguranças diárias.

 

 

A interrupção de um relacionamento, namoro ou casamento, significa cortar laços que, por muito tempo, foram repartidos, provocando uma sensação de vazio. É como se, de repente, perdessem um melhor amigo e confidente, ficando sem ter com quem conversar sobre seus pensamentos mais profundos, por exemplo.

 




A dúvida sobre a possibilidade de um dia voltar a se apaixonar também é comum, assim como o nível de segurança depositada no outro. Afinal, muitas vezes, o término ocorre devido a uma traição, dilacerando a confiança, até mesmo, para envolvimentos futuros. Cada indivíduo tem suas particularidades e, por isso, lida com seus problemas e sentimentos de formas diferentes. É possível sim, superar um relacionamento, contudo, dependendo do nível de apego, amor, dedicação e tempo juntos, algumas pessoas levam mais tempo.

 


Um auxílio para esse processo pode estar no acompanhamento com um psicólogo e/ou psiquiatra, uma vez que o encerramento compromete a autoestima, principalmente, quando não acontece de maneira tranquila, desencadeando um processo de luto, pautado em cinco fases: negação, raiva, barganha, depressão e aceitação. A terapia acelera esse processo com uma auto análise em ambiente seguro para desabafar e processar a dor. O contato com amigos e familiares é essencial para apoio emocional, uma vez que afasta a sensação de solidão, assim como os pensamentos negativos, que, inevitavelmente, surgem ao longo do dia e são difíceis de serem controlados.


Outra recomendação importante está em buscar distrações. Uma boa forma para isso é através da aquisição de novas habilidades, inclusive contribuindo para a recuperação da autoestima. A prática pode se dar através de aulas de idiomas, pintura, costura, música, ou até com atividade física.


As opções para recuperação variam conforme a pessoa. Os artistas, por exemplo, têm a capacidade de curarem suas dores compondo músicas e expressando seus sentimentos. Apesar de difícil, é possível sim, recomeçar, porém, é necessário dar um tempo para si mesmo.

compartilhe