Ronaldo Nazário, acionista majoritário da SAF do Cruzeiro, acompanha de perto alguns jogos do time no Mineirão ao lado da diretori -  (crédito: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press – 19/10/23)

Ronaldo Nazário, acionista majoritário da SAF do Cruzeiro, acompanha de perto alguns jogos do time no Mineirão ao lado da diretori

crédito: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press – 19/10/23

Soberba, covardia e omissão. Esse enredo diz muito sobre a história do clube dos Bilionários do Brasil Miséria em Belo Horizonte, mas infelizmente essa desprezível trinca de características tem sido também o modus operandi do arremedo de diretoria à frente da SAF Cruzeiro. Uma trupe desnorteada que parece determinada a “atleticanizar” o Time do Povo Mineiro, o Palestra/Cruzeiro.


Os resultados deste início de temporada, a cada nova trapalhada, estão comprovando o quanto a Patota de Corintianos e de Playboys da Barra da Tijuca, reunida por Ronaldo na diretoria da SAF, não conhece absolutamente nada sobre gerir um clube multicampeão e sustentado financeiramente por uma das cinco maiores torcidas do Brasil.


Desde a quase tragédia da degola do Brasileirão 2023, quando o CEO-Nariz-Em-Pé da SAF foi ao microfone reclamar das cobranças da torcida e da imprensa, essa gente nem consegue mais esconder a sua soberba. A cada nova derrota ou vexame, como a desclassificação na primeira fase da Copa do Brasil deste ano, de onde se espera um mínimo de humildade, o que a torcida recebe é o máximo de omissão.


Por exemplo, é inadmissível que o CEO não tenha ido a público, imediatamente ao fim da partida deste domingo, contra o Atlético de Lourdes, para pedir desculpas aos quase 62.000 torcedores que pagaram ingressos a preços abusivos para assistirem à covarde derrota.


Agora, com a demissão do técnico-estagiário Nico Larcarmón, tento imaginar como será a reunião, ou melhor, a vernissage da Patota de Sapatênis da SAF Cruzeiro para definir o próximo treinador.


1 - A principal dúvida que a Diretoria de Estratégias levará para ser debatida: vinho espanhol ou francês? Que tipo de uva?


2 – A diretoria de Comunicação: qual tipo de look para vestir Ronaldo na foto do encontro? Para qual influencer queridinho que não faz crítica à SAF daremos a exclusividade desse registro?


3 – Os departamentos de Futebol e Análise de Desempenho: qual novo programa de Inteligência Artificial utilizar para definir o perfil ideal do próximo avatar de treinador que será chamado para a entrevista de emprego?


É bom lembrar que a SAF Cruzeiro se vendeu como um grupo que não abriria mão do planejamento, da excelência em gestão e da competência administrativa e financeira. Gritaram isso aos quatro cantos, com apresentações em PowerPoint e lives de Youtube.


Aí, fica a pergunta: como explicar que dos quatro treinadores meticulosamente estudados, entrevistados e contratados por essa mesma Patota de Sapatênis, apenas um deles (Paulo Pezzolano) demostrou um mínimo de competência para comandar um clube de grandeza histórica como o Cruzeiro Esporte Clube?


Até quando Ronaldo Nazário pretende manter essa Patota de Corintianos e de Playboys da Barra da Tijuca à frente da diretoria soberba, covarde e omissa da SAF, que caminha a passos largos para “atleticanizar” o maior e mais popular clube de Minas Gerais?


(*) FOGO EM QUALQUER RACISTA! A prisão de um torcedor cruzeirense por ofensas racistas contra um trabalhador no último domingo, no Mineirão, não pode passar em silêncio ou ficar sem um julgamento rápido e exemplar. Quem comete esse tipo de crime medieval e extremista, assim como os homofóbicos, invariavelmente são seres humanos repugnantes e covardes. Uma gente que precisa ser banida não só dos estádios de futebol, mas de todo e qualquer convívio social.


Fica os cumprimentos aos outros torcedores cruzeirenses que, ao perceberem o ato sendo cometido nas arquibancadas do estádio, imediatamente denunciaram. Esse tipo de reação honra a história centenária do Palestra/Cruzeiro, clube fundado, no início do século passado, por uma torcida de operários e minorias que lutaram contra os preconceitos raciais e xenófobos da elite econômica e cultural de Belo Horizonte.