Exatamente há um ano, Fernando Diniz levava um escrete à primeira decisão continental de sua carreira como técnico de futebol. Foi nos dias iniciais de outubro de 2023 que o Fluminense chegava à final da Copa Libertadores, que o Dinizismo viria a conquistar um mês depois, contra o Boca Juniors. O maior passo da história do clube.
De lá para cá, foram muitos passos à frente e para trás na vida de Fernando Diniz.
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Do levar o time de um bairro da cidade do Rio de Janeiro a ser o maioral da América do Sul à demissão prematura na Seleção Brasileira, com a crônica esportiva do eixo RJ-SP a estraçalhar sua honra. Do massacre midiático à conquista da Recopa Sul-americana. Do segundo título continental à segunda demissão. Desta vez, no Fluminense. Motivo? O clube carioca estava no Z-4 do Brasileirão.
Desse último episódio até aqui, foram três meses sabáticos para Fernando Diniz. Nesse mesmo tempo, o Fluminense, sob o comando de outro treinador, não saiu do lugar. Manteve-se na zona do rebaixamento e de “brinde” foi eliminado da Copa do Brasil exatamente por ter jogado contra a Turma do Sapatênis sob um esquema tático medroso, retranqueiro e convencional, exatamente ao contrário do que prega o Dinizismo.
O que assistimos domingo passado, contra o Vasco, não nos agradou como resultado, mas uma conclusão é tranquilizante: já com lampejos de execução da ideologia de jogo de Fernando Diniz, o Cruzeiro não tem absolutamente nenhum traço de medo, retranca ou jogo convencional.
Por mais que o empate, de um lado, trouxe um sentimento de déjà vu, de outro, veio a convicção de que o Cruzeiro está determinado a não repetir no futuro os mesmos erros do passado recente.
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O déjà vu por conta de um primeiro tempo com o enredo repetido de sempre: um time que não consegue ser mortal quando está na linha ofensiva do campo, assiste ao adversário arriscar e fazer o gol que nosso escrete foi incapaz de anotar. Vasco, 1 a 0.
Na etapa complementar, fomos outro time. Intenso. Com os olhos vidrados. Mordendo cada centímetro de grama para conquistar a bola. Com ela nos pés, atirando contra a meta adversária com toda gana do mundo de furar um gol. Furamos! Apenas um... Como resultado, foi pouco. A retranca vascaína logrou êxito. Caímos mais uma posição na tabela do Campeonato Brasileiro.
Mas houve uma clara sinalização de que o futuro guarda algo diferente para nós, cruzeirenses. Os jogadores estão totalmente focados em se adaptarem rapidamente ao Dinizismo. Muitos, nas entrevistas do pós-peleja, repetiram inúmeras vezes que iriam provar serem capazes de encaixar na filosofia moderna de jogo de Fernando Diniz.
A postura do escrete do Cruzeiro já é outra. Está com gana por vencer; se transformou. Parafraseando Chico Science, o saudoso gênio pernambucano, com Fernando Diniz, o Cruzeiro deu um passo à frente e já não está mais no mesmo lugar.
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Nessa quinta-feira, vamos encarar exatamente o Fluminense, no mesmo Maracanã onde eles foram campeões da Libertadores se escorando no Dinizismo.
Para nós, é comer cada centímetro de grama novamente. O tempo inteiro. O campo inteiro. Se o Fluminense escolheu trocar Fernando Diniz por um esquema tático medroso, retranqueiro e convencional, quinta-feira, esse deve ser um problema para eles e, para nós, a solução.