Que Papai Noel não existe, estamos carecas de saber. Mas mesmo assim o Bom Velhinho é capaz de mexer com todos os corações, provocando as mais variadas reações. Do sorriso de surpresa e incredulidade ao espanto, passando pelo riso de orelha a orelha. Na quarta-feira (29/11), a Coluna acompanhou a caravana da Coca-Cola que passou por Belo Horizonte. A capital é uma das 70 cidades de sete estados que até dia 23 receberão Mamãe e Papai Noel desfilando no comboio de cinco caminhões. Foram percorridos 35 quilômetros do bairro Glória, na região Noroeste, à Praça da Liberdade, na região Centro-sul. Percurso feito em quatro horas, com velocidade média de 3,5km/h.
VIM SÓ PARA TE VER
Na concentração, o público aproveitou para fazer selfies com a família Noel, instalada em um dos caminhões. Nas duas horas seguintes, o casal foi sentadinho nas cadeiras, sempre sorridente e acenando para o público. A primeira parada, rapidíssima, foi perto do Parque Guanabara. A meninada e os pais deliraram. Mais sorte teve o grupo de crianças a alguns metros dali, quando houve uma parada técnica. Afinal, Papai e Mamãe Noel também precisam ir ao banheiro... “Papai Noel, cadê você? Eu vim aqui só para te ver”, gritavam as crianças em coro. Rápido, o casal Noel subiu a escada até o caminhão e a caravana seguiu.
LIVES E INGRESSOS
Da cabine do caminhão, era possível acompanhar a reação das pessoas. Cada uma, a seu jeito, fazia o que podia. Em busca do melhor lugar para os filhos, pais colocavam as crianças no teto do carro ou nos ombros. Quem estava sozinho abria a câmera do celular para a live com sobrinhos ou netinhos. Curioso perceber que as famílias não são muito diferentes entre si. Os cachorrinhos foram presença constante ao longo do percurso. Pais e mães pareciam mais felizes e animados depois de ver o Bom Velhinho em carne e osso.
PAPAI NOEL NEGRO
Da boleia, era possível ouvir os comentários das pessoas. “Onde compro ingresso para tirar retrato com Papai Noel?”, perguntou uma mulher, na Pampulha. “Estou na luta desde as 19h30h para ver essa caravana”, disse um pai, por volta das 22h, acompanhando o filho na Praça do Papa. Uma das melhores reações veio da garotinha de seus 10 anos, ao ver o Bom Velhinho. “Papai Noel é negro!”, festejou, identificando-se com ele. Em um dos momentos marcantes da caravana, outra menina, no bairro Glória, mostrou o sentido de tudo aquilo: com um grito e um sorriso, ela desejou feliz Natal ao Papai Noel.
VAMOS FALAR DE ADÉLIA?
O aniversário de Adélia Prado, uma das maiores poetas brasileiras da contemporaneidade, será em 13 de dezembro, mas as comemorações começam cinco dias antes, no próximo sábado (9/12), em São Paulo. A filha da escritora, Ana Prado, a tradutora de Adélia para o inglês, Ellen Watson, a atriz Natália Lage e o professor e escritor Augusto Massi são os convidados da Fundação Maria Luisa e Oscar Americano para o encontro literário “Vamos falar de Adélia Prado”. Realizada desde 2022, a série já homenageou Machado de Assis, Fernando Pessoa, Cora Coralina e Vinicius de Moraes. O encontro está marcado para as 10h30 na sede da fundação, no Morumbi.