Foi durante a pandemia, em um passeio na fazenda da família em Inhaúma, a cerca de 80 quilômetros de Belo Horizonte, que Felipe Wanderley Rennó se interessou pela apicultura. Formado em administração de empresas, naquela época ele trabalhava no mercado financeiro.
Nunca havia passado por sua cabeça criar abelhas. “Conversando com um amigo, Hélio, surgiu o assunto e o interesse em aprender mais sobre apicultura”, conta o dono da marca Alta Vista, cuja produção atual é de 50kg de mel por mês.
EM CONFINS
O primeiro passo de Felipe foi comprar três colmeias, que ficaram pouco tempo em Inhaúma. Para garantir a segurança de um haras na vizinhança, ele optou por levar a criação de abelhas para a Fazenda Lagoa das Cobras, em Confins.
Enquanto estruturava o negócio, o empresário, de 26 anos, que tem gosto por empreendedorismo, foi aprendendo sobre as técnicas de apicultura e a importância do mel para a alimentação humana. “Enquanto no Brasil o consumo médio per capita anual é de 60g, na Suíça, por exemplo, esse consumo é de 1,5kg/ano”, observa
FLORADAS
O néctar do mel Alta Vista vem das flores de laranjeira, flores silvestres, flores de cipó-uva e flores de aroeira. Cada um com sua característica. O mel de laranjeira é calmante natural do sistema digestivo.
Na culinária, vai bem com tudo. Já o mel de flores silvestres ajuda a combater sintomas de resfriado e a tosse. À mesa, combina com queijos frescos, chás, cafés e molhos agridoces. O mel produzido a partir das flores de aroeira tem ação antibiótica, além de ser uma delícia com frutas cítricas, queijo gorgonzola e roquefort.A Alta Vista também produz própolis.
DE HOBBY A NEGÓCIO
Se no início Felipe Rennó encarava a produção de mel apenas como hobby, hoje ele a considera um negócio promissor. Aos poucos, os produtos chegam às grandes redes de supermercado em Belo Horizonte. São encontrados também em lojas variadas e no site da marca.
POLINIZADORAS
O site da Alta Vista destaca a importância da preservação da abelha como elemento fundamental para o ecossistema sustentável e equilibrado. “Estima-se que mais de 70% das principais culturas alimentares do mundo dependem da polinização das abelhas, incluindo frutas, legumes, nozes e sementes oleaginosas.
Sem as abelhas, muitas dessas plantas não seriam capazes de produzir frutos e sementes, o que afetaria a oferta de alimentos e causaria impacto significativo na nossa saúde e economia”, informa o site.