Taiza Krueder, CEO do Clara Resorts, diz que empreendimento em Brumadinho combina hotelaria, arte e família -  (crédito: Acervo pessoal)

Taiza Krueder, CEO do Clara Resorts, diz que empreendimento em Brumadinho combina hotelaria, arte e família

crédito: Acervo pessoal

 

Se tudo sair como previsto, em novembro serão entregues 46 bangalôs, dois deles presidenciais, do primeiro hotel de Inhotim, em Brumadinho. O projeto, assinado pela arquiteta Freusa Zechmeister, ficou parado por 10 anos, depois das obras realizadas entre 2011 e 2014.

 

 

A expectativa inicial era de inauguração em 2013. O Grupo Clara Resorts, à frente do empreendimento, é dono do Clara Ibiúna, em Ibiúna, e do Santa Clara Eco Resort, em Dourado, ambos no interior de São Paulo. A empresa já planeja o segundo hotel dentro do terreno do museu. Com 100 quartos, as obras terão início em janeiro de 2025, com inauguração um ano e meio depois.

 

Em entrevista à coluna, Taiza Krueder, CEO do Clara Resorts, diz que o projeto original da arquiteta Freusa Zechmeister, que será respeitado, já estava 40% pronto. Porém, como as obras ficaram paradas muito tempo, cerca de 10% delas precisaram ser refeitas devido a infiltrações de água, entre outros problemas.

 

Além de dois bangalôs presidenciais com piscina e sauna, haverá 44 quartos divididos em cinco modalidades. “Todos os tamanhos possíveis que você possa imaginar”, adianta a empresária. “Os quartos são ótimos – do maior, com 516 metros quadrados, ao menor, com 69 metros quadrados.”

 

 

Apaixonada por hotelaria, Taiza conta que há algum tempo pensava em um negócio que não dependesse de sazonalidade, “aquela coisa de ninguém ir para a praia no inverno e para a montanha no verão”. A ideia era um hotel que fosse opção o ano inteiro, assim como as unidades do grupo em São Paulo. “Inhotim é um lugar que não está ligado à sazonalidade”, observa a empresária.

 

Bangalôs de hotel que funcionará em Inhotim

Bangalôs de hotel que funcionará em Inhotim

Reprodução
 


Nas conversas com Bernardo Paz, Taiza mostrou interesse em construir um hotel próximo a Inhotim. O fundador do centro de arte ofereceu ao grupo paulista um terreno dentro do complexo. “Depois, ele achou que fariam sentido duas áreas. Tanto a do hotel com obras já iniciadas quanto a área verde, um pouco mais longe do centro de Inhotim, mas dentro da propriedade”, explica Taiza.

 


Hotelaria, família e arte combinam muito bem, acredita a CEO do Clara Resorts. E aposta nisso como garantia de sucesso do empreendimento. Pais têm interesse de levar os filhos a Inhotim, mas, para as crianças, é sofrido passar o dia inteiro no sobe e desce entre as galerias do museu a céu aberto. “O ideal é que as famílias degustem Inhotim aos poucos”, observa Taiza Krueder.

 


Em relação às diárias, a CEO informa que as tarifas de Inhotim não serão muito diferentes daquelas cobradas em Ibiúna e Dourado. “São diárias com pensão completa, com quatro refeições, shows todas as noites, um exército de monitoria. Oferecemos custo-benefício muito bom”, afirma. “A ideia é um hotel para onde as pessoas vão várias vezes, e não apenas uma vez para conhecer Inhotim.”

 

Piscina de hotel em Inhotim

Piscina na área de lazer do hotel no centro de arte de Brumadinho

Reprodução

 


A relação de Taiza com Inhotim não é de agora. Há nove anos, ela visitou o centro de arte com um grupo de executivos. Ficou hospedada na capital mineira, naquele vai e volta entre Brumadinho e Belo Horizonte durante dias.

 

“Fiquei tão encantada, tão impressionada com Inhotim que fui à lojinha e comprei pôsteres, que enquadrei e coloquei em meu escritório, em Dourado. Há nove anos trabalho olhando para a galeria da (Adriana) Varejão, do Miguel Rio Branco. Foi a lei da atração”, diz ela, bem-humorada, revelando que o encontro decisivo ocorreu na capital paulista, em 2023. “Na lojinha de Inhotim na SP Arte, enquanto comprava pássaros de madeira, conversei com uma mulher que falou de um hotel em construção em Brumadinho em busca de investidores”, relembra. O resto é história.