Caio Roni fez uma releitura de

Caio Roni fez uma releitura de "A bonequinha preta", de Alaíde Lisboa

crédito: Helvécio Carlos /EM/D.A.Press

 

Pode-se dizer, sem a menor sombra de dúvida, que a nona edição do “Modernos eternos”, aberta nesta terça-feira (18/6), no Instituto de Educação, é, entre todas, a mais acertada. Não que as anteriores não tenham emocionado o público na escolha dos locais onde a mostra de arte, arquitetura e design foi apresentada.

 

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Muito pelo contrário. As locações é que dão ao “Modernos” charme tão característico. Mas fica difícil competir com o prédio do Instituto de Educação, não só pela beleza arquitetônica, pelo valor que ele tem para a educação em Minas Gerais, mas sobretudo pela curiosidade de conhecer prédio majestoso, largado à própria sorte nos últimos anos.

 

Josette Davis acertou na mosca na escolha e arregaçou as mangas para, em um trabalho de muita garra e persistência, conseguir dar uma geral para que o espaço recebesse a “Modernos” e ficasse claro o lugar dele dentro da história de Belo Horizonte.

 

ORGULHO DA CIDADE

Domingo (16/6), na abertura da mostra para convidados, a boa nova foi dada pela subsecretaria de Educação de Minas Gerais, Geniana Faria. Ela informou que a ordem de início da restauração e reconstrução do prédio foi dada na última quinta-feira (13/6).

 

As obras serão iniciadas em 10 dias, deverão consumir algo em torno de R$ 40 milhões, e o espaço será entregue à população, novinho em folha, no prazo de três anos. "Nossos estudantes merecem estar em um espaço como este", disse Geniana, que se mostrou emocionada em ver o Instituto de Educação, "escola pública tradicional de Belo Horizonte, fundado em 1906, cujas obras de construção foram iniciadas junto com a cidade de Belo Horizonte, receber mostra como essa". 

 

POETAS E ARTISTAS

Além da mostra, a “Modernos” chama a atenção do público com a Ação Street, que leva obras de arte para as ruas da cidade. Neste ano, num acerto e tanto, foram escolhidos trechos de obras literárias de professores, pedagogos, psicólogos e expoentes da cultura mineira e brasileira que passaram pelo Instituto de Educação.

 

E elas foram inspiração para pinturas de 16 artistas que pintaram totens (com design exclusivo do arquiteto e designer Sérgio Stark, em aço da Gerdau, com produção da empresa Accero), ao vivo, na noite de abertura. Ao final da “Modernos eternos” 2024, todas as obras serão expostas juntas no Diamond Mall, de 16/7 a 18/8. A curadoria é de Marcos Esteves, também ex-aluno do Instituto de Educação de Minas Gerais.

 

 

ONDE VER

No Mercado Novo, obras de Luíza Azam, Caio Ronin, Nadu Soares e Alexandre Rato; no MM Gerdau, os totens de Adriana Drumond, Ângela Costa, Letícia Pinto e Guilherme Franco; na Biblioteca Pública, trabalhos de Zanne Neiva, Lucas Castilho, Elane Cosfer e Angélica Santana, e na Meeting Shops, KK Bicalho, Tereza Cristina Leão, Regina Moraes e Sandra Motta.

 

 

ONDE LER

Adriana Araújo Drummond buscou inspiração em "A outra face da lua", de Abgar Renault; Alexandre Rato, em "A fanfarra", de Antônio de Pádua; Angela Costa, "Não esperes do mundo", de Arthur Joviano; Angélica Santana, "Violeta", de Aspásia Vieira Ayer; Nadu Soares, "Nos caminhos da educação", de Raymundo Nonato Fernandes; Caio Ronin, "A bonequinha preta", de Alaíde Lisboa; Elane Cosfer, "Frases de Helena Antipoff", de Helena Antipoff; Guilherme Franco, “A Juscelino, o abraço de Minas”, de Mário Casasanta; KK Bicalho, “Homens e factos do meu tempo”, de Aurélio Pires; Letícia Pinto, “O corcunda”, de Lúcia Casasanta; Lucas Castilho, “O cineclube do Instituto de Educação”, de Edelweiss de Paiva Santos; Arts Maza, “Os três porquinhos”, de Lúcia Casasanta; Regina Moraes, “Teus olhos”, de José Mesquita de Carvalho; Sandra Motta, “A vida das plantas”, de Elza de Moura; Tereza Cristina Fernandes Leão, “O primado do espírito”, de Rubens Costa Romanelli; Zanne Neiva, “Dois dias em Alvinópolis”, de Tabajara Pedroso.