O provedor da Santa Casa BH, Roberto Otto Augusto de Lima, na comemoração dos 125 anos da instituição
 -  (crédito: Rodrigo Braga/Divulgação)

O provedor da Santa Casa BH, Roberto Otto Augusto de Lima, na comemoração dos 125 anos da instituição

crédito: Rodrigo Braga/Divulgação

 

Para festejar seu aniversário, a Santa Casa BH organizou evento no Automóvel Clube para lançar a campanha publicitária “Sonhos não envelhecem”. Com a canção “Quem sabe isso quer dizer amor”, de Lô Borges e Márcio Borges, o filme mostra um sonho que rejuvenesce enquanto se assiste a histórias de pacientes e dos anseios que foram realizados ao longo dos anos dentro do hospital.

 

Em seu discurso, Roberto Otto Augusto de Lima, provedor da Santa Casa BH, lembrou que o hospital nasceu de um sonho e hoje, 125 anos depois, está mais vivo do que nunca. “Afinal, sonhos não envelhecem”, afirmou, lembrando que a Santa Casa foi criada para ser o primeiro hospital de Belo Horizonte. “Esta é nossa vocação, desde sempre. Já no sacrifício, o hospital nasceu em barracas. Mas, ali, já tinha o destino de ser um gigante da saúde mineira”, observou.

 

 

 

 


100% SUS

 

Roberto Otto lembrou um dos momentos mais dramáticos da Santa Casa BH, no início dos anos 2000, quando esteve prestes a fechar as portas, “com apenas 80 leitos, funcionários em greve por conta de salários atrasados, dívidas e mais dívidas”. A partir de 2009, o hospital se tornou 100% SUS. “Hoje, vejam vocês, atendemos quase 100% dos municípios do estado. Mais de sete mil colaboradores. Somos referência em praticamente todas as especialidades”, comemorou.

 


CURSO DE MEDICINA

 

O provedor anunciou 11 projetos previstos para serem implantados nos próximos 25 anos. “Nosso sonho é abrir o tão esperado curso de medicina da Santa Casa, formando médicos que vão aprender, na prática, dentro do maior hospital do Brasil, vivendo o dia a dia do SUS”. Também estão previstas a inauguração do Instituto de Transplantes e a implantação de unidade neonatal. “Todos esses projetos dentro da vocação do hospital”, ressaltou Otto.

 

 

Prédio da Santa Casa BH em obras, na década de 1950

Prédio da Santa Casa BH em obras, na década de 1950

João Martins/Arquivo EM

 


CORAÇÃO

 

Durante seu discurso, o provedor rememorou fatos importantes da história da instituição. O primeiro transplante – de córnea – foi realizado em 1973. Cinquenta e um anos depois, a Santa Casa BH é o maior transplantador de Minas Gerais. “No ano passado, realizamos o centésimo transplante de coração e somos o segundo maior transplantador de coração do Brasil”, destacou Roberto Otto, sob aplausos. Lembrou ainda que em 1916, Hugo Werneck criou a primeira maternidade de Minas, Hilda Brandão, que viria a ser o Instituto Materno Infantil da Santa Casa. Foi realizada lá a primeira cesariana documentada no Brasil.

 

Leia também: Cadelinha leva alegria a pequenos pacientes na Santa Casa

 


ENSINO DE SAÚDE

 

A Santa Casa é o berço do ensino em saúde em Minas Gerais, destacou Roberto Otto. Ele contou que a Escola de Medicina da Cidade de Minas, que mais tarde se tornou Escola de Medicina da UFMG, nasceu em 1911, na Santa Casa. Mais tarde, veio a Escola de Enfermagem Hugo Werneck, que deu origem ao curso de enfermagem da PUC, em 1942. “A Faculdade de Ciências Médicas também nasceu aqui, em 1950. Hoje, a Faculdade de Saúde Santa Casa BH tem desde cursos técnicos até pós-doutorado”, ressaltou.