Para festejar seu aniversário, a Santa Casa BH organizou evento no Automóvel Clube para lançar a campanha publicitária “Sonhos não envelhecem”. Com a canção “Quem sabe isso quer dizer amor”, de Lô Borges e Márcio Borges, o filme mostra um sonho que rejuvenesce enquanto se assiste a histórias de pacientes e dos anseios que foram realizados ao longo dos anos dentro do hospital.

 

Em seu discurso, Roberto Otto Augusto de Lima, provedor da Santa Casa BH, lembrou que o hospital nasceu de um sonho e hoje, 125 anos depois, está mais vivo do que nunca. “Afinal, sonhos não envelhecem”, afirmou, lembrando que a Santa Casa foi criada para ser o primeiro hospital de Belo Horizonte. “Esta é nossa vocação, desde sempre. Já no sacrifício, o hospital nasceu em barracas. Mas, ali, já tinha o destino de ser um gigante da saúde mineira”, observou.

 

 



 

 


100% SUS

 

Roberto Otto lembrou um dos momentos mais dramáticos da Santa Casa BH, no início dos anos 2000, quando esteve prestes a fechar as portas, “com apenas 80 leitos, funcionários em greve por conta de salários atrasados, dívidas e mais dívidas”. A partir de 2009, o hospital se tornou 100% SUS. “Hoje, vejam vocês, atendemos quase 100% dos municípios do estado. Mais de sete mil colaboradores. Somos referência em praticamente todas as especialidades”, comemorou.

 


CURSO DE MEDICINA

 

O provedor anunciou 11 projetos previstos para serem implantados nos próximos 25 anos. “Nosso sonho é abrir o tão esperado curso de medicina da Santa Casa, formando médicos que vão aprender, na prática, dentro do maior hospital do Brasil, vivendo o dia a dia do SUS”. Também estão previstas a inauguração do Instituto de Transplantes e a implantação de unidade neonatal. “Todos esses projetos dentro da vocação do hospital”, ressaltou Otto.

 

 

Prédio da Santa Casa BH em obras, na década de 1950

João Martins/Arquivo EM

 


CORAÇÃO

 

Durante seu discurso, o provedor rememorou fatos importantes da história da instituição. O primeiro transplante – de córnea – foi realizado em 1973. Cinquenta e um anos depois, a Santa Casa BH é o maior transplantador de Minas Gerais. “No ano passado, realizamos o centésimo transplante de coração e somos o segundo maior transplantador de coração do Brasil”, destacou Roberto Otto, sob aplausos. Lembrou ainda que em 1916, Hugo Werneck criou a primeira maternidade de Minas, Hilda Brandão, que viria a ser o Instituto Materno Infantil da Santa Casa. Foi realizada lá a primeira cesariana documentada no Brasil.

 

Leia também: Cadelinha leva alegria a pequenos pacientes na Santa Casa

 


ENSINO DE SAÚDE

 

A Santa Casa é o berço do ensino em saúde em Minas Gerais, destacou Roberto Otto. Ele contou que a Escola de Medicina da Cidade de Minas, que mais tarde se tornou Escola de Medicina da UFMG, nasceu em 1911, na Santa Casa. Mais tarde, veio a Escola de Enfermagem Hugo Werneck, que deu origem ao curso de enfermagem da PUC, em 1942. “A Faculdade de Ciências Médicas também nasceu aqui, em 1950. Hoje, a Faculdade de Saúde Santa Casa BH tem desde cursos técnicos até pós-doutorado”, ressaltou.

compartilhe