Mineira de Mesquita, no Vale do Rio Doce, Maria Lúcia Godoy comemora seu centenário em 2 de setembro -  (crédito: Arquivo EM/D.A Press)

Mineira de Mesquita, no Vale do Rio Doce, Maria Lúcia Godoy comemora seu centenário em 2 de setembro

crédito: Arquivo EM/D.A Press

 

O centenário de Maria Lúcia Godoy será reverenciado em 2 de setembro com reunião especial no Plenário Juscelino Kubitschek, da Assembleia Legislativa. A solenidade será transmitida ao vivo pela TV Assembleia e pelo canal da ALMG, no YouTube. Sobrinho de Maria Lúcia, Paulo Daniel Godoy conta que teve a honra de acompanhar, ao violão, a cantora lírica em seus dois últimos recitais, um promovido pelas Amigas da Cultural, que contou com Túlio Mourão ao piano; e na reinauguração do Teatro Francisco Nunes, em 2014. Paulo diz que a tia está dentro de um quadro estável de saúde. A cantora perdeu parte da audição. Maria Lúcia foi, na avaliação do sobrinho, importante para a cultura nacional ao divulgar não só o seu nome, mas de muitos compositores do canto lírico para o Brasil e o mundo.

 

 

• BIDU SAYÃO
Natural de Mesquita, no Vale do Rio Doce, Maria Lúcia Godoy é uma das maiores cantoras líricas do Brasil. Formada em letras pela UFMG, teve como professores nos estudos musicais Honorina Prates e Pasquale Gambardella. Ganhou bolsa de estudos que garantiu aperfeiçoamento na Alemanha. Dona de talento extraordinário, recebeu elogios da soprano Bidu Sayão, que considerou Maria Lúcia sua única sucessora. No repertório, a cantora lírica mineira tinha como preferidos Edino Krieger, Cláudio Santoro, Ronaldo Miranda, Marlos Nobre, Waldemar Henrique, Hekel Tavares, Tom Jobim, Milton Nascimento, Chico Buarque e Wagner.

 

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• BACHIANAS
Maria Lúcia Godoy foi intérprete de importantes papéis do repertório operístico, como Lola (“Cavalleria rusticana”), Liú (“Turandot”), Mimi (“La bohème”), Rosina (“O barbeiro de Sevilha”), Siebel (“Fausto”), Pamina (“Orfeu”), Querubino (“Bodas de Fígaro”) e Dorabella (“Cosi fan tutte”). Maria Lúcia é considerada a maior intérprete de Heitor Villa-Lobos, compositor do qual ela gravou as 14 serestas, a “Bachianas brasileiras nº 5”, várias canções e a “Suíte para voz e violão”.

 


• CRONISTA
Foi presença em momentos importantes da história. Em Portugal, cantou em homenagem ao translado dos restos mortais de Dom Pedro 1º ao Brasil, no Mosteiro dos Jerônimos (Lisboa). Foi convida pelo presidente Juscelino Kubitschek para a cerimônia de inauguração de Brasília. No enterro do diretor Glauber Rocha, cantou “Bachianas brasileiras nº 5”, de Villa-Lobos. Entre títulos e medalhas, ela foi condecorada com a Grã-Cruz da Inconfidência, pelo governo de Minas Gerais, recebeu o título de Doutor Honoris Causa pela UFMG. Maria Lúcia Godoy também foi cronista no Estado de Minas.

 

 

• AULA MAGNA
O jurista, magistrado, escritor, professor universitário e atualmente desembargador federal do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, William Douglas, dará aula magna “Concurso público ou iniciativa privada: caminhos para a construção de um projeto de vida e carreira”, promovida pela Estácio. O evento é gratuito e será transmitido ao vivo, em 4 de setembro, a partir das 18h30, pelo canal da Estácio no YouTube.