Eduardo Moreira e Inês Peixoto, atores do Grupo Galpão, na mostra

Eduardo Moreira e Inês Peixoto, atores do Grupo Galpão, na mostra "Pancetti na Casa Fiat de Cultura: o mar quando quebra na praia..."

crédito: Leo Lara/Studio Cerri

 

 

Imperdível a exposição “Pancetti na Casa Fiat de Cultura: o mar quando quebra na praia...”, conjunto de 46 trabalhos criados pelo pintor paulista de 1936 a 1956, alguns deles nunca exibidos ao público. Na abertura da mostra, foi lançado documentário inédito produzido por Ula Pancetti, neta do artista, que veio a BH especialmente para o evento.

 

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O presidente da Casa Fiat de Cultura, Massimo Cavallo, recebeu artistas, diretores e gestores culturais, entre outros convidados. A mostra traz também cronologia ilustrada e instalação imersiva com músicas de Dorival Caymmi.

 

 

Priscila Freire sorri em frente a um quadro de Pancetti

Priscila Freire na abertura da exposição de Pancetti em Belo Horizonte

Leo Lara/Studio Cerri

 

 

SÃO JOÃO DEL-REI

 

Entre as obras, o público poderá apreciar “Auto-vida” (1945), autorretrato emblemático de Pancetti, em que o artista mescla realidade, imaginação e ironia. “Retrato de Francisco” (1945) mostra um menino negro, tendo ao fundo a paisagem de um morro de São João del-Rei, cidade mineira onde o pintor viveu algum tempo. “O chão” (1941) deu a ele o prêmio de viagem ao exterior do Salão de Belas-Artes. Já o quadro “Praça Clóvis Bevilacqua” (1949) foi pintado das janelas do Palacete Santa Helena, onde ficava o ateliê de Volpi, Rebolo, Mário Zanini e Manoel Martins, entre outros artistas.

 

 

Ana Vilela, Denise Mattar, Massimo Cavallo, Ula Pancetti e Hertz Umberto na Casa Fiat

Ana Vilela, Denise Mattar, Massimo Cavallo, Ula Pancetti e Hertz Umberto na Casa Fiat

Leo Lara/Studio Cerri

 

 

O quadro “Paisagem de Itapuã” (1953), de Pancetti, também exposto em BH, deu início à Coleção Gilberto Chateaubriand, uma das mais importantes do país. Inédita para o público até agora, a obra inacabada “Composição – Bahia Interior o meu atelier, Itapoan” (1957) pertence à família do artista.

 

 

 

 

A PRIMEIRA VEZ

 

A atriz Fábia Mirassos, em temporada no CCBB BH com a peça “Vienen por mí”, volta pela segunda vez a Belo Horizonte. Referência na representatividade trans, ela diz que considera esta a sua primeira estada na capital, por ter passado muito rapidamente por aqui em 2023, quando fez uma apresentação de “Anonimato”. “Não deu para conhecer absolutamente nada. Então, vai ser a primeira vez praticamente, porque vou ficar o mês todo, vou poder conhecer a cidade e os arredores. Penso em ir a Inhotim, um sonho antigo”.

 

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Fábia tem amigos e parceiros de Minas. “Fui dirigida por dois mineiros queridos, a Yara de Novaes e o Carlos Gradim, em 'Braian ou Brenda'. Sou muito amiga da Lavínia Pannunzio, nascida em Uberlândia. Na minha opinião, é a maior atriz do Brasil". Fábia é apaixonada pela culinária do estado. “Amo comida mineira. Vai ser um bom casamento esta minha estada em BH”, aposta.

 


MAIS UM

 

O público pediu e a dupla Leo Minax & Chico Amaral volta ao palco do Clube de Jazz do Café com Letras nesta terça-feira (10/9), às 21h. Parceiros de longuíssima data, os dois estarão acompanhados por André Limão Queiroz (bateria) e Pablo Souza (contrabaixo).

 

 

PROJETO CORAGEM

 

A artista visual Kawany Tamoyos dá início nesta terça-feira (10/9) ao projeto Coragem. A pintura de duas empenas, que poderá ser vista na Avenida Antônio Carlos, retrata a força e a ancestralidade de mulheres indígenas e negras. A obra, que ocupará 234 metros quadrados, é a primeira empena solo de Kawany na capital. Recentemente, ela estreou em São Paulo com “Atenta e forte”.

 

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Autora de origem indígena e comunicadora anticolonial, Kawany explica que Coragem “representa a conexão ancestral e espiritual entre mulheres que, historicamente, tiveram vozes silenciadas, mas agora ocupam espaços públicos com força e dignidade”. Animada, ela avisa: “Afeto e cuidado entre mulheres exige coragem neste mundo que nos quer rivais”. O trabalho deve ficar pronto em 18 de setembro.