Grupo mineiro de teatro homenageia bonequeiro que morreu este mês
Agnaldo Pinho, idealizador dos bonecos usados pelo Quatroloscinco no espetáculo "Velocidade", não viu suas criaturas em cena
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Trabalho mais recente do bonequeiro e cenógrafo Agnaldo Pinho, que morreu na semana passada, os bonecos da peça “Velocidade”, do grupo Quatroloscinco, não foram vistos em cena por seu criador. Formado pela Escola de Belas Artes da UFMG, Pinho foi aluno de Álvaro Apocalypse e trabalhou no Grupo Giramundo.
“Quando a dramaturgia do espetáculo foi se definindo, durante o processo sentimos a necessidade de trabalhar com 'duplos' dos atores. Então, depois de pesquisar formas e tipos para entender quais bonecos colocaríamos em cena, chegamos ao Agnaldo. Um artista excelente e sensível, que topou o convite de ser o construtor dos nossos bonecos”, conta o ator Ítalo Laureano, diretor do espetáculo em parceria com Ricardo Alves Júnior. Até 3 de fevereiro, peça estará em cartaz no CCBB (Praça da Liberdade, 450).
Órfãos
“Velocidade” propõe reflexões sobre a efemeridade da vida e a rapidez dos nossos tempos. O elenco reúne Assis Benevenuto, Ítalo Laureano, Marcos Coletta, Michele Bernardino e Rejane Faria. “Nunca tivemos a pretensão de trabalhar com bonecos manipulados, até porque sabemos das nossas limitações para tal linguagem. Assim, decidimos que os bonecos, a quem chamamos de 'avatares' e 'duplos', fariam parte de toda encenação como uma camada capaz de ajudar a construir o aspecto onírico do espetáculo. Infelizmente, o pai dos nossos bonecos faleceu antes de vê-los em cena”, lamenta Laureano.
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O Grupo Quatroloscinco Teatro do Comum nasceu como coletivo de pesquisas de alunos de artes cênicas da UFMG. Ao longo dos 17 anos, a companhia recebeu 12 prêmios e 23 indicações. Ela também publicou seis livros com a dramaturgia de alguns de seus trabalhos. Assis Benevenuto e Marcos Coletta assinam “Velocidade”.
• PRODUTORAS
O Encontro Nacional Mulheres na Produção deve reunir 400 profissionais na sexta-feira (17/1) e sábado (18/1), no Minascentro. A valorização e a difusão da produção artística feminina, além da qualificação profissional de trabalhadoras do setor cultural e de eventos, são temas da segunda edição do encontro.
• DONA CELESTE
Daniel de Matos marcou para o próximo sábado (18/1), na Livraria Jenipapo, na Savassi, o lançamento de “Celeste”. O livro conta a história de Dona Celeste, mulher negra e neta de escravizados que saiu do interior de Minas Gerais para morar em Belo Horizonte, na década de 1950, onde trabalhou como empregada doméstica. O livro não é biográfico, mas tem semelhanças com a experiência do autor, que vem de família formada por domésticas e cresceu na periferia.
• NO SALGUEIRO
Xande de Pilares é o mais novo sócio benemérito da Acadêmicos do Salgueiro. O sambista recebeu a carteirinha das mãos do presidente da escola, André Vaz, no último domingo (12/01), durante a tradicional feijoada salgueirense.
• ROCK SHOW
Com 20 anos de estrada, a banda mineira Bizorro Moderno se apresentará no Festival Rock Show, que será realizado no próximo sábado (18/2), a partir das 17h, no Centro Cultural Urucuia, na Região do Barreiro. Bizorro aposta no diálogo do rock com o congado, os tambores mineiros e a música regional de Minas. Samba e rap também estão presentes na sonoridade do grupo. Outras atrações subirão ao palco – entre elas, as bandas UBUn2, Simpsons e Filhos de Elis.