

Campanha de teatro e dança é palco para pedido de casamento
Noiva foi surpreendida na peça "3X comédia". Já na apresentação de "Acredite, um espírito baixou em mim", casal celebrou união homoafetiva
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Ainda sem números oficiais que demonstrem a força da Campanha de Popularização Teatro e Dança, o evento, que faz hoje (15/2) e amanhã (16/2) suas últimas apresentações, foi marcado por alguns momentos de puro romance, com direito a pedido de casamento e comemoração de união homoafetiva.
A enfermeira Deborah Andrezza Moreira Leite, de 29 anos, saiu de casa com o namorado, o ator Raphael Calazans de Aquino, de 31, apenas para se divertir com a peça “3X comédia”, no Cine Theatro Brasil Vallourec. Ela só não contava que tudo, até a cena final comandada por Thiago Comédia, estava combinado. Ainda assim, melhor do que cinco anos atrás, quando Raphael, em cena no mesmo teatro, fez um pedido para a então namorada, na plateia. Pensando que o casamento sairia naquela hora, ela conseguiu apenas que os dois saíssem dali juntos com a garantia de compra de dois sanduíches pelo preço de um. “Era a promoção dois por R$ 15 de uma rede de fast food”, diz, com humor.
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• ANEL DE NOIVADO
Desta vez, a coisa foi mais séria. Thiago disse que precisava de um casal para a cena. Como tudo estava no roteiro, Deborah e Raphael foram os escolhidos. Só que, no lugar do sanduíche, ele tirou do bolso um anel e fez o pedido de casamento. Deborah lembra outro detalhe de toda a armação. Ao final do espetáculo, ela se encontrou com vários amigos que foram testemunhas oculares da história do casal, que completa oito anos juntos em 19 de março. Eles ainda não marcaram
a data do casamento.
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• DO CASAMENTO PARA O TEATRO
A história de amor entre o professor Fabrício André de Oliveira, de 42 anos, e o aposentado Edmilson dos Santos, de 54, também passou pelos palcos da Campanha de Popularização Teatro e Dança de BH. Fabrício, que já viu a peça “Acredite, um espírito baixou em mim” pelo menos cinco vezes entre seus 25 e 30 anos, decidiu levar o companheiro, que nunca havia pisado em um teatro, para juntos se divertirem com a comédia. “Tinha que levá-lo na melhor peça da Campanha para deixá-lo impressionado com o teatro”, conta. A surpresa maior de Edmilson foi na cena de plateia de Lolô, personagem de Ílvio Amaral, logo no início da sessão. “Ele pegou o Edmilson para Cristo”, brinca o companheiro, que não pensou duas vezes antes de voltar à apresentação para comemorar a união dos dois.
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• DEPOIS DO CIVIL
Ficou combinado que depois do casamento civil, às 14h, Fabrício e Edmilson iriam almoçar com algumas pessoas da família e, de lá, os dois voltariam para rever “Acredite, um espírito baixou em mim”. “Fomos de terno, naquele calor”, diz. Fabrício ainda teve que acelerar o almoço para que eles não perdessem o horário do espetáculo, também no Cine Brasil. “No final da peça, Maurício (Canguçu) e Ílvio disseram que havíamos acabado de casar e estávamos na plateia. Foi aquela vergonha, mas foi emocionante. No final, um amigo do Edmilson, que estava na plateia e não sabíamos, veio nos cumprimentar”. Apesar da emoção, o casal não tem o registro fotográfico da noite abençoada pelo “Espírito”.
• REFLEXÃO
“O animal agoniza” é uma das últimas peças a dar adeus à Campanha de Popularização Teatro e Dança hoje (15/2), às 20h, no Teatro da Cidade (Rua da Bahia 1.341 – Centro). Escrita e dirigida por Rita Clemente, a peça aborda a violência, a posse e a transformação de um homem em animal, interpretado por Guilherme Colina. "O espetáculo provoca uma reflexão sobre os limites entre amor e posse, questionando a sociedade patriarcal", diz Colina, que vê sua atuação como um reflexo dessa realidade violenta enraizada nas pessoas. "A peça, um solo com múltiplos personagens, explora a interação entre ator, cenário e elementos contextuais, com foco em um tema relevante."
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• TRILHA SONORA
Com o clima de festa em torno do Oscar 2025, cai como uma luva o espetáculo “Cinema: Grandes clássicos e suas histórias”, que terá única apresentação esta noite (15/2), às 20h, no Centro Cultural Unimed-BH Minas (Rua da Bahia, 2.244 – Lourdes). Conduzido por Marcio Miranda, o repertório reúne histórias e trilhas dos longas “Cinema Paradiso” (“Se”), “O poderoso chefão” (“Parla più piano”), “O mágico de Oz” (“Over the rainbow”) e “O piccolino” (“Cheek to cheek”).