Helvécio Carlos
Helvécio Carlos
Com 30 anos dedicados ao jornalismo, com passagens por emissoras de rádio e assessoria de imprensa, é desde 2001 titular da coluna Hit, do jornal Estado de Minas. Entre 2011 e 2017 foi editor da revista Hit, publicação de lifestyle.
HIT

Helena Ignez revela que sua grande influência foi Marilyn Monroe

Afirmação foi feita durante bate papo na programação da mostra "A Mulher da Luz Própria", no Centro Cultural Unimed-BH Minas

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As duas salas de cinema do Centro Cultural Unimed-BH Minas são pequenas, comportam, no máximo, 41 pessoas cada. Mas isso não significa que o espaço não pode ser palco de grande emoção. Foi assim no encerramento do bate-papo de Helena Ignez com a plateia que foi prestigiá-la sábado (22/3). Os aplausos calorosos e longos marcaram, sem a menor dúvida, um dos momentos mais bonitos reunindo uma grande estrela e seus admiradores. Helena é homenageada na mostra "A Mulher da luz própria", que segue até 4 de abril, com exibição de seus filmes e alguns títulos que ela admira. O encontro de sábado foi para falar desses longas e diretores que ela admira.

 


• NÃO SOU CINÈFILA


Helena começou a carreira cedo. Seu primeiro filme, "Pátio", foi dirigido por Glauber Rocha, quando ela tinha 20 anos. De lá prá cá, manteve uma carreira ativa trabalhando com Júlio Bressane, Joaquim Pedro de Andrade, Rogério Sganzerla, com quem foi casada e teve duas filhas, Djin e Sinai. Da união com Glauber, como quem também foi casada, Paloma Rocha. Aos 86 anos, Helena manteve o bom humor e revelou lembranças que fazem parte da história do cinema. "Não sou cinéfila", afirmou ela, logo no início da conversa, onde o tema principal eram os seus filmes preferidos. "Apesar de conhecer muito o cinema, nasci no cinema, não sou cinéfila porque tenho tantas paixões que também teria de ser adepta a todas elas. Eu gosto de assistir filmes", afirmou.

 


• OTELO


Ao citar os filmes que escolheu pelas linguagens e pelos autores dessas linguagens, Heloisa Ignez contou histórias que fazem parte da sua vida. Disse que, aos 26 anos, quando participou do Festival de Berlim com o filme "O Padre e a Moça", conheceu Orson Welles. "Ele estava lá com (Jean-Luc) Godard. Ele (Welles) disse que nunca ganhou dinheiro com cinema. Tenho certeza que sutilmente foi um dos motivos por ter escolhido um dos filmes dele. "Verdades e mentiras", do diretor norte-americano foi apresentado terça-feira (25/3). De Godard, ela escolheu "Acossado", que será apresentado domingo (30/3), às 16h. Sobre Orson Welles, Helena lembrou um fato curioso. "No elevador com Júlio Bressane, ele nos perguntou sobre o Grande Otelo. Isso foi muito sensacional", disse.

 


• GLAUBER


A baiana se diz completamente apaixonada por "Deus e o Diabo na Terra do Céu". "Aquele filme é genial. Onde pela primeira vez estava se ouvindo Villa Lobos como merecia ser ouvido no cinema", elogia, em referência a Canção do Sertão, do compositor e maestro carioca. Helena ainda aponta para as cenas extraordinárias do sertão, mas revela uma grande dor. "O papel da Rosa (interpretada por Yoná Magalhães) foi escrito para mim. No último filme de Glauber, estava certa minha participação, mas Rogério (Sganzerla) fez uma crítica correta a uma montagem de filme dele, que fiquei excluída". Do seu segundo marido, a homenageada do Minas gosta de absolutamente de todos, desde “O Bandido da Luz Vermelha” (1968), que será apresentado segunda-feira (31/3), às 16h. “Kubrick, sou apaixonada”, revela.

 


• MARILYN


"Quanto mais quente melhor", de Billy Wilder, está na programação da quinta-feira (3/4) e é um dos filmes que, volta e meia, Helena sempre vê um pedacinho quando está passando na televisão. "Adoro comédia musical quando é genial". Ela elogia Marilyn Monroe, estrela do longa. "Se olharem para o olhar da Marilyn Monroe verão o maior gênio do cinema. Aquela voz extraordinária, inteligência rara, grande atriz, morta aos 36 anos. Casou com um gênio literário, Arthur Miller, que foi um covarde e teve medo e ciúmes da grandeza dela. Sou apaixonada por essa mulher que me influenciou.

 

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