Imagine que você tem uma carreira longa, cheia de desafios e muitos sucessos e que está cercado de gente boa. E aí, como tudo na vida, as coisas mudam, é preciso deixar aquele lugar e recomeçar.

Nesta era ultraveloz em que vivemos, a capacidade de se reinventar, melhorar e se atualizar é constante nas empresas e na vida dos profissionais. Um processo que muitas vezes pode assustar, afinal é necessário partir para novas trilhas.

 

 

Quando se trata principalmente de inovar, a gente ouve muito falar de processos disruptivos, que causam o abandono de muito do que se tem consolidado. Só que isso pode custar caro. Acredito que aproveitar o que já existe para criar esse algo diferente é mais barato e provavelmente mais viável.

Essa é a história que tenho com George Israel, saxofonista do Kid Abelha, e Charles Gavin, baterista dos Titãs.

 

 

Nós nos conhecemos há décadas, fomos de bandas de grande projeção no cenário do pop rock nacional e, após muitos encontros nos bastidores, cada um tocando em um projeto do outro, George teve a ideia: por que não formamos uma banda? Topei, e Charles disse “vamos”! E assim nasceu a POP 3.

 



 

A banda é feita de músicos de longa estrada em cima dos palcos, mas também de gente mais nova e muito talentosa. Você pode me perguntar, o que há de novo, além do fato de a banda unir integrantes de grupos conhecidos? Cada um de nós tem uma jornada, um estilo, bagagens musicais variadas e, a partir delas, criamos juntos o diferente, que pode vir de uma mudança em um arranjo ou de uma nova combinação musical. Assim, damos um ar de novidade ao que já existe, transformando e potencializando um legado.

Para inovar, se reinventar e recomeçar não temos apenas as soluções disruptivas como caminho. Mudar aqui e ali, acrescentar algo novo ao que temos nas mãos também faz parte da inovação. Temos exemplos de gigantes da tecnologia, como a Microsoft, que apostou em mudanças não tão radicais.

 

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Diz um ditado popular que é mais importante olhar para o conjunto da obra. Nessa história de criar o novo, o que vale é a colaboração. Na banda ou em uma empresa, algumas atividades profissionais do dia a dia podem ser isoladas, mas o resultado é sempre alcançado em conjunto, o protagonismo é do grupo.

Colaborar uns com os outros é o que precisamos para se adaptar e criar algo diferente num mercado cheio de novidades, algumas boas, outras nem tanto.

O novo sempre vem, como está na letra da bela canção “Como nossos pais”, composta por Belchior e interpretada por Elis Regina. Muitas coisas podem não permanecer ou não serem como eram, mas podem ser reinventadas.

 

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