Florentino Pérez e Carlo Ancelotti chegaram a um acordo e o técnico italiano só continuará no Real Madrid se ganhar a Champions League, dia 1º de junho, em Wembley, data da final. O desgaste na temporada passada foi grande, principalmente pelo fato de não ter ganhado o Espanhol e ter sido eliminado na semifinal da Champions, pelo City, com goleada de 4 a 0. Em janeiro, Ancelotti já poderá assinar um pré-contrato com quem bem entender, mas não vai assinar nem com o Real, nem com outro clube ou seleção. O desfecho ficará para junho, ou, caso seja eliminado da Champions, antes um pouco. A torcida brasileira, na expectativa da chegada dele para a Seleção – promessa do presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, de que tem a palavra dele –, deve torcer para que o Real seja logo eliminado. Dessa forma, a chegada de Ancelotti seria certa para a Copa América de 2024, nos Estados Unidos.

Xabi Alonso
Em Madri, caso Ancelotti fracasse, é dada como certa a contratação de Xabi Alonso, espanhol, ex-jogador do Real, que faz belíssimo trabalho no Bayern Leverkusen, da Alemanha. Ele tem ótima relação com Forentino Perez, é considerado um técnico moderno e poderia fazer o que fez Zidane, que ganhou 3 Champions League seguidas, mas resolveu deixar o clube merengue, mesmo com todo o sucesso. O Real passa por um processo de renovação, e Ancelotti tem sido fundamental, por sua experiência e pelo respeito que os jogadores têm por ele. Tem posto no banco jogadores como Kross e Modric, e apostado em Camavinga e Tochouameni, além de outros jovens. Alonso não poderia fazer essa transição e por isso não foi contratado ao fim da temporada passada. Caso Ancelotti ganhe a Champions, a chegada de Xabi Alonso será abortada e o técnico italiano renovará por mais uma temporada. Ano passado ele declarou: “por mim eu ficaria no Real Madrid para o resto da vida. É o maior clube do mundo”.

Sem força e o moral na lama
O Botafogo chegou a abrir 14 pontos de diferença para o segundo colocado. Enquanto Palmeiras, Flamengo, Inter, Grêmio e Fluminense se dedicavam a Libertadores, o alvinegro ia acumulando pontos no Brasileirão e somando gordura. Fez um turno impecável, o melhor da história. O problema é que só o Fluminense chegou e foi campeão da Libertadores, e as outras equipes resolveram “entrar” no Brasileirão. O time de General Severiano faz um péssimo returno, e virou saco de pancadas. Ainda é o líder com 59 pontos, os mesmos pontos de Palmeiras, Grêmio, um a mais que o Bragantino, que tem 58, e três a mais que o Flamengo, que tem 56 e um jogo a menos. Mas o alvinegro também tem um jogo atrasado, com o Fortaleza. O problema é que o time não consegue reagir. O Moral foi na lama e, pelo jeito, será o maior vexame da história do Brasileirão. John Textor, dono da SAF, apostou em Lúcio Flávio, que nunca foi treinador, achando que o grupo seguiria firme na ponta da competição para levantar o troféu. Faltando 5 rodadas para a maioria, e 6 para o Fogão, ninguém mais acredita em reação, mesmo Textor querendo trazer Caçapa de volta para comandar o time nas rodadas finais. Alguém aí apostaria no Botafogo campeão?

Nível técnico péssimo
Alguns dizem que o Brasileirão é o mais emocionante e equilibrado dos últimos tempos. Porém, a verdade é bem diferente. O nível técnico está baixíssimo, com jogos sofríveis, arbitragens caóticas e equipes muito mal treinadas. Ex-técnicos em atividade, jovens com pouco talento para comandar um time, e dirigentes despreparados. O equilíbrio na ponta se dá pela incompetência do Botafogo no returno e pela ruindade da maioria das equipes. Na parte debaixo da tabela também há uma briga feia com Corinthians, Santos, Cruzeiro, Vasco, Bahia e Goiás. Dois deles cairão, junto com o já rebaixado América, e muito provavelmente, o Coritiba. A cada ano que passa, o Brasileirão vai ficando mais feio, com a técnica beirando o ridículo, embora alguns achem emocionante. Em 33 rodadas, o artilheiro é Paulinho, do Galo, com 17 gols, média baixíssima para uma competição tão longa. Mas ele pelo menos tem méritos pois, particularmente, faz um belo trabalho. Só para comparação, na Europa, os artilheiros normalmente fazem mais gols do que o número de rodadas das competições.

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