Vinícius Júnior chegou ao Real Madrid aos 18 anos e hoje, com 23, é um dos donos da bola da equipe espanhola -  (crédito: Thomas COEX / AFP)

Vinícius Júnior chegou ao Real Madrid aos 18 anos e hoje, com 23, é um dos donos da bola da equipe espanhola

crédito: Thomas COEX / AFP

O Real Madrid, maior time do mundo, investe em jogadores jovens, que poderão ficar na equipe durante várias temporadas. Os brasileiros Rodrygo, 23 anos, Vini Júnior (23) e Endrick (17), os franceses Tchouameni (23) e Camavinga (21), o inglês Bellingham (20), o turco, Arda Guler (18), o espanhol Brahim Diaz (24). Vejam bem, são oito jogadores bastante jovens e já telentosos. Aos poucos, o técnico Carlo Ancelotti vai sacando da equipe os veteranos, como Kroos e Modric, abrindo espaço para a renovação. O clube se desfez de vários atletas veteranos: Cristiano Ronaldo, Benzema, entre outros. Isso se chama trabalho sério, de qualidade e competência. No Brasil, estamos fazendo justamente o contrário. Os clubes contratam os jogadores veteranos, que a Europa não quer mais, impedindo assim o crescimento do jovem das divisões de base. Vou dar alguns exemplos de que estamos na contramão da história.


O Fluminense tem Paulo Henrique Ganso, Marcelo, Felipe Melo e Renato Augusto, todos com idade avançada e que, quando jogam contra equipes de alto nível e jogadores mais jovens, sentem o peso. Foi assim quando tomaram de 4 a 0 do Manchester City e quando o time perdeu o gás no Brasileirão. O torcedor vai dizer “que eles ganharam a Copa Libertadores e isso é o que importa”. Discordo, totalmente. O Fluminense tem um time velho, cansado e que deu certo na temporada passada, contando com a sorte, pois na semifinal contra o Inter, na Libertadores, tomou um passeio de bola e não foi eliminado por esses acasos do futebol. Há outras equipes cheias de veteranos. O Flamengo tem David Luiz, Bruno Henrique e outros menos votados. Ao contratar no mercado, o clube carioca foi buscar uruguaios, Cebolinha, que foi um fracasso na Europa e por aí vai.


É claro que a presença desses jogadores acaba inibindo o garoto da base, que poderia ocupar a posição dos veteranos. O Flamengo está à procura de zegueiro. Léo Ortiz é a bola da vez. Ora, senhoras e senhores, será que o rubro-negro não teria em suas divisões de base pelo menos dois zagueiros em condições de entrar na equipe profissional? A amadora diretoria prefere valorizar David Luiz, aquele que entregou o Brasil nos 7 a 1 impostos pela Alemanha, a valorizar um garoto da base. Nos bons tempos do nosso futebol, os jogadores subiam e ficavam no clube por várias temporadas. Hoje, os menos ruins vão embora cedo e, muitas das vezes, sem atuar pelo time principal. Os dirigentes, com medo das facções organizadas, preferem contratar veteranos, para jogar neles a responsabilidade de um fracasso. Ou mudamos a maioria dos nossos dirigentes ou em breve não teremos mais como chamar o futebol brasileiro de pentacampeão. Vivemos apenas do passado, pois não temos um grande time, uma grande seleção, um grande técnico, um grande dirigente. O resultado é esse futebol medíocre, de norte a sul do país.

 

Mais um furo

Antecipei no sábado, com exclusividade, no meu canal de Youtube e na minha coluna, que Rodrigo Caetano seria o diretor de seleções. Ele se reuniu com Ednaldo Rodrigues, na segunda-feira, deixou tudo acertado, e vai anunciar sua saída do Atlético após o clássico de sábado. O Galo perde o melhor profissional da área no Brasil e a CBF vai ganhar em qualidade, transparência e competência. Boa sorte, meu amigo.

 

Mater Dei e a família Salvador

O nosso Mater Dei é um dos hospitais referência no Brasil. Estamos enfrentando um problema de saúde grave na família, com minha amada sogra, doutora Ângela. Quero agradecer ao doutor José Salvador, patriarca da família, doutor, Henrique Salvador, José Henrique Salvador e toda a família e equipe do hospital, pelo carinho e atenção dispensados à nossa família. Se Deus quiser, tudo vai se resolver. De coração, muito obrigado família Salvador.