Marcelo, Fernandinho, Paulinho, Hulk, Luiz Gustavo, David Luiz, Bernard e o técnico Luiz Felipe Scolari. Dez anos depois do maior fracasso e vexame do futebol brasileiro, os 7 a 1 impostos pela Alemanha, na semifinal da Copa do Mundo, realizada no Brasil, eles continuam em ação, alguns até com bom futebol para o nível do país. Repatriamos aquilo que de pior tivemos, pois nosso futebol não revela mais ninguém. E o pior: com a presença desses caras, os jovens, que poderiam subir aos profissionais, ficam inibidos e se perdem no meio do caminho. A cada ano que passa o nível técnico está mais baixo, e hoje ninguém nos respeita mais. Gente! Dez anos depois daquele histórico vexame, no Mineirão, ainda damos espaços a esses jogadores. Realmente, o futebol brasileiro precisa ser repensado.

“Fazedor de média”

Ao declarar, após a estreia no Campeonato Carioca, com jogo disputado em Manaus, em que o Flamengo venceu o Audax por 4 a 0, que o “Campeonato Carioca é o mais difícil do Brasil”, o péssimo técnico Tite nada mais fez do que uma média com a torcida do Flamengo, supervalorizando uma possível conquista da taça. Rei do discurso prolixo, cheio de invenções e inversões gramaticais, Tite é uma das grandes mentiras do futebol brasileiro. O técnico que jogou o Atlético na Segunda Divisão, em 2005, e que fracassou em seis anos no comando da Seleção Brasileira, com eliminação para duas seleções de segunda linha do futebol mundial, em 2018, Bélgica, e 2022, Croácia, continua enganando com comando pobre, futebol previsível e muito blá, blá, blá. Ganha uma fortuna por mês, manda e desmanda no já mal comandado time rubro-negro, pedindo contratações absurdas. O Flamengo tem um grupo mais caro do país, mas, ainda assim, o fraco treinador exige reforços. Pena que Márcio Braga não é o presidente do Flamengo. Se fosse, Tite, nem contratado seria.

Apenas duas vagas



 

Começa hoje o Pré-Olímpico de futebol, que vai classificar apenas duas seleções para a Olimpíada de Paris. A Seleção de Ramon Menezes terá como protagonistas Endrick, do Real Madri, e John Kennedy, do Fluminense. Ao contrário da seleção principal, na pré-olímpica 18 jogadores atuam no futebol brasileiro. O torneio será disputado na Venezuela, e caso o time brasileiro não consiga uma das duas vagas, Ramon Menezes deverá ser demitido e o coordenador técnico, Branco, terá de dar espaço a outro. Os favoritos são Argentina e Uruguai, sendo que nessa faixa etária as equipes se equivalem muito e não há disparidade. Ficamos fora de Atenas, em 2004, mas conseguimos o inédito ouro na Olimpíada do Rio de Janeiro. Depois, repetimos o feito em Tóquio, durante a pandemia. Tomara que Endrick e John Kennedy estejam inspirados, pois o Brasil depende exclusivamente do talento de ambos para garantir a vaga.

Gustavo Scarpa

Para mim, foi a melhor contratação do futebol brasileiro nesse começo de temporada, com uma ressalva: Scarpa fracassou na Inglaterra e na Grécia, mas para o nível do futebol brasileiro será muito útil. Assim como foi Gabigol, no Flamengo, Gérson e outros que fracassaram no Velho Mundo, mas que o nível técnico para o Brasil ainda dá. Scarpa vai formar um belo trio com Paulinho e Hulk, e o Galo estará muito bem servido. É o que venho dizendo há tempos: o nível do nosso futebol está na lama e, qualquer jogador que fracasse lá fora, pode voltar que renderá bem. Vejam o caso de Everton Cebolinha. Foi um fiasco no Benfica, mas, no Flamengo, começa a dar sinais de melhora. Então está cada vez mais provada a minha tese de que o futebol europeu está anos-luz à nossa frente.

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