Campeão da Copa Libertadores de 2023 pelo Fluminense, Fernando Diniz é considerado um treinador estudioso do futebol -  (crédito: CARL DE SOUZA / AFP - 4/11/23)

Campeão da Copa Libertadores de 2023 pelo Fluminense, Fernando Diniz é considerado um treinador estudioso do futebol

crédito: CARL DE SOUZA / AFP - 4/11/23

Me aponte cinco técnicos brasileiros de alto nível que eu me rendo aos “nutellas”. Eu destaco três brasileiros apenas: Dorival Júnior, Renato Gaúcho e Fernando Diniz. No mais, não temos treinadores dedicados, estudiosos e competentes. Os estrangeiros aportaram por essas terras, principalmente os portugueses, e dominam o mercado, tendo como referência Abel Ferreira, competentíssimo no Palmeiras e multicampeão. Vale lembrar que quem abriu a porteira foi Jorge Jesus, que ganhou seis títulos em um ano de Flamengo e perdeu apenas quatro jogos. Qual a principal diferença entre os técnicos europeus e os brasileiros? Os europeus estudam, se modernizam, aprendem a variar esquemas táticos durante uma partida, sem fazer substituições. Os brasileiros, com as exceções que citei acima, são preguiçosos, não estudam e não sabem como variar o esquema de uma equipe durante os 90 minutos.

Ninguém suporta mais Tite, Felipão, Mano Menezes e outros menos votados. Felipão ainda tem uma história vencedora no futebol, apesar da tragédia dos 7 a 1. É o último técnico campeão do mundo com o Brasil, em 2002, numa seleção que tinha Roberto Carlos, Rivaldo, Ronaldinho Gaúcho e Ronaldo. Realmente, perder um título com esses gênios da bola seria difícil. Mano Menezes é um engodo. Que técnico ruim. Rebaixou o Cruzeiro, mas está milionário.Tite é treinador de um time só: Corinthians. Foi um fracasso em seis anos de Seleção Brasileira – nenhum técnico na história do nosso futebol teve tanto tempo para trabalhar –, sendo eliminado por duas equipes de segunda linha do futebol mundial. Por quê essa predileção da CBF por técnicos gaúchos, se é sabido que o esquema empregado no sul é da forte marcação e nenhuma criatividade? E ainda tivemos Dunga, que nunca foi treinador. Vale lembrar que o time canarinho sempre perdeu poucos jogos, mas com esses caras citados, perdemos os principais. Fernando Diniz, de quem gosto, pela proposta ofensiva, conseguiu perder três jogos seguidos, além de um empate com a Venezuela, pelas Eliminatórias. Um desastre!

A culpa é só dos treinadores? Claro que não. A culpa é de uma estrutura viciada, onde dirigentes, amadores, se sentem donos dos clubes, diretores de futebol negociam comissões com empresários, segundo alguns jogadores, gente que de futebol nada entende, mas que é posta nos cargos porque são amigas dos presidentes. Nas divisões de base há várias denúncias de que só jogadores altos, e filhos de quem tem dinheiro, são aproveitados. Imaginem Pelé, Maradona, Zico, Reinaldo e outros baixinhos nos dias de hoje... O futebol brasileiro acabou faz tempo, só não enxerga quem não quer. Surge um jogadorzinho “meia boca” e já vem os “nutellas” dizendo que é craque. Ganham verdadeiras fortunas por mês e entregam muito pouco. Ex-jogadores em atividade, que a Europa não quer mais, voltam ao Brasil com status de celebridades. Está realmente tudo errado. Ou o nosso futebol se profissionaliza ou estaremos fadados ao fracasso definitivo. Alguém aí acredita que o Brasil será campeão do mundo?

O fracasso da seleção pré-olímpica já era esperado. A safra é a pior da história. Não que ganhar o ouro olímpico seja primordial, longe disso. Acho que o Comitê Olímpico Internacional deveria retirar o futebol da Olimpíada e por o futsal no lugar. Viramos fregueses de argentinos, paraguaios e uruguaios, e nem mesmo a Venezuela nos respeita mais. O Brasil é o novo saco de pancadas dos europeus, africanos e sul-americanos. Estamos desmoralizados. Os maiores culpados são dirigentes e técnicos despreparados, fracos e omissos. Entre os presidentes, salvam-se Leila Pereira, Mário Bitencourt e Mário Celso Petraglia. Esses são os exemplos a serem seguidos para tentar salvar o pouco que ainda resta do único futebol pentacampeão do mundo.