Neymar deverá voltar a ser convocado pela Seleção Brasileirão tão logo se recupere de cirurgia no joelho esquerdo -  (crédito: Roman Kruchinin / AFP – 12/10/23)

Neymar deverá voltar a ser convocado pela Seleção Brasileirão tão logo se recupere de cirurgia no joelho esquerdo

crédito: Roman Kruchinin / AFP – 12/10/23

O técnico da Seleção Brasileira, Dorival Júnior, faz um giro pela Europa, acompanhando os principais clubes e os jogadores que estarão na sua primeira lista para os amistosos da Seleção Brasileira, em Londres, contra a Inglaterra, e Madri, contra a Espanha. Não adianta os torcedores se iludirem com uma equipe formada apenas por jogadores que atuam no Brasil, pois isso jamais vai acontecer. Em conversas comigo – e falo com ele toda semana –, me garantiu que os principais jogadores atuam mesmo no Velho Mundo, e que não seria coerente não chamá-los.

O novo técnico da Seleção me garantiu que o Brasil estará na final da Copa dos Estados Unidos e que ainda há um material humano muito bom para ser trabalhado. Os jovens, como João Gomes, Paquetá, Vini Júnior, Rodrygo, Gabriel Martinely, são nomes certos para a convocação. E também não se iludam: assim que estiver recuperado da cirurgia no joelho, Neymar será chamado e terá uma conversa, olho no olho com o treinador, a quem já mandou para aquele lugar, quando era jogador do Santos. Assunto já superado, mas Dorival sabe que não pode abrir mão do talento do jogador, caso ele se enquadre nas normas e diretrizes do novo comandante.

Números bons de Yuri Alberto

A excelente assessora de imprensa Helô Campanholo me passou os números de Yuri Alberto, atacante do Corinthians, tão contestado. Em 100 jogos, ele tem 30 gols, 10 assistências e 40 participações em gols. Se analisarmos friamente, é uma boa média para o atual momento do futebol brasileiro. Além disso, ele é o quarto jogador, de 23 anos para baixo, com o maior número de gols em clubes: 70. Fica atrás de Haaland com 228 gols. Vini Júnior, com 90. Phil Foden que tem 75, o próprio Yuri Alberto, e Rodrygo, com 69 gols. O grande problema que o atacante enfrenta é que o atual Corinthians é uma equipe fraca, tentando se reconstruir. Se estivesse num clube com jogadores mais qualificados, tenho certeza de que Yuri Alberto teria muito mais gols. E pensar que o novo presidente do Corinthians queria contratar Gabigol, mesmo devendo R$ 1,7 bilhão. A solução para o Timão está na própria casa, assim que o atacante Yuri Alberto se recuperar da contusão que sofreu no jogo contra o Palmeiras. Os clubes e torcedores parecem não saber valorizar o que têm.

Galo valoriza seu artilheiro

Ídolo do Atlético, o atacante Hulk renovou contrato até 2026. Uma iniciativa corretíssima da diretoria, que valoriza seu principal jogador e artilheiro. Depois de um começo ruim, quando ficou 11 jogos sem marcar e disse que pensou até em rescindir o contrato, pois ficou várias noites sem dormir, o atacante se entendeu com Cuca, com quem teve divergências e começou a marcar os gols que o tornaram ídolo alvinegro. Sempre se cuidando, treinando em casa e se dedicando, Hulk foi o principal jogador do Brasil, em 2021, quando ganhou o Brasileiro e a Copa do Brasil. Mesmo quando não vive boa fase, pela queda de produção da equipe, ele não deixa de fazer seus gols. Hulk é um atleta de verdade, dedicado e que se doa pelas equipes onde atua. No Porto, sua melhor fase, foi artilheiro e ídolo, mas o carinho que encontrou com a massa atleticana será difícil achar em outro lugar. Pelo jeito, o artilheiro vai encerrar sua carreira no clube que passou a amar, e a diretoria fez muito bem em valorizar e renovar seu contrato, para não correr o risco de vê-lo em oura equipe. Mesmo com 37 anos, Hulk é como um vinho de qualidade, está cada vez melhor.

Terrorismo no futebol

O atentado sofrido a bomba pelo time do Fortaleza, quando o ônibus do clube sofreu emboscada de bandidos, travestidos de torcedores do Sport Recife, foi um ato terrorista. Sim, quem atira bomba nas pessoas são os terroristas e a Polícia Federal deve entrar firma nesse caso, identificar os bandidos e entregá-los à Justiça para as penas cabíveis. Ninguém suporta mais essa violência no futebol brasileiro. É sabido que as chamadas torcidas organizadas, que eu chamo de facções, estão cheias de bandidos infiltrados, que querem apenas guerrear e matar. CBF, clubes, dirigentes, jogadores, imprensa e autoridades precisam fazer um pacto pela paz. Sabemos que a violência é um problema generalizado, do país, mas é preciso uma ação rápida e enérgica, que seja capaz de acabar com essas gangues. A coisa é tão grave que essas quadrilhas marcam pontos de combates, bem longe dos estádios, e vão para “matar ou morrer”, como vivem cantando. Por isso, eu digo sempre: o pai que leva um filho a um estádio de futebol no Brasil, é irresponsável, pois não pode garantir nem a sua vida, o que dirá de uma criança. O futebol brasileiro agoniza, está doente e muito próximo da morte.