O grande delegado e amigo, doutor Fidelcino Pedrosa, atleticano de quatro costados, me manda dados que realmente são pertinentes e que serão temas da minha coluna de hoje. Dos últimos títulos disputados no Brasil e em Minas Gerais, nos últimos anos, em relação ao nosso estado, o Atlético tem ganhado todos, deixando os rivais a ver navios. O Galo é o último campeão da Copa do Brasil, em 2021. Campeão Brasileiro também em 2021. Campeão da Supercopa do Brasil em 2022. Campeão Mineiro em 2020, 2021, 2022 e 2023. Contra fatos não há argumentos e isso, com certeza, faz crescer consideravelmente o número de torcedores do alvinegro. Para um clube que ficou tantos anos sem levantar troféus, a coisa começou a mudar na gestão do presidente Alexandre Kalil, que ganhou a Libertadores em 2013, a Copa do Brasil, em 2014, e a Recopa Sul-Americana. De lá para cá, o clube apanhou, fez campanhas ruins, mas em 2020 tudo começou a mudar e o alvinegro voltou a ser vencedor, com os títulos que citei acima. Não há outro caminho a seguir. A atual gestão prima pelas conquistas de taças e não quer saber de ter dinheiro aplicado. O Atlético virou SAF, mas seus comandantes não querem lucros, querem ganhar troféus. É assim que Ricardo Guimarães, Rubens Menin e Rafael Menin, os donos do clube, trabalham. Apaixonados que são, e bilionários, jamais se furtaram a emprestar dinheiro ao clube, torná-lo saudável e recuperá-lo, financeiramente. A construção do estádio foi mais um marco importante, pois tudo o que gira em torno da moderníssima arena vai para os cofres do clube, além de ter um caldeirão efervescente, que causa medo nos adversários.


A belíssima Arena MRV é realmente um orgulho para todos os atleticanos. A cada jogo, eles se revezam para levar os familiares, os garotos, para as tradicionais fotos. É um novo Atlético de 2010 para cá. Com times fortes, confiáveis e jogadores de nível. Claro que não vai ganhar todo ano, mas tem a obrigação de chegar as decisões, pois com a terceira maior folha salarial do Brasil, supõe-se que o Galo tenha um dos melhores planteis do Brasil. Resta confirmar isso na prática, disputando todas as taças. Já foi o tempo em que o time entrava como coadjuvante nas competições. Hoje, quando a temporada começa, todos nós apontamos Palmeiras, Flamengo e Atlético como candidatos aos títulos que vão disputar. As outras equipes vêm em segundo plano. Claro que o Atlético ainda tem problemas financeiros, mas nunca mais ouvimos falar em atrasos de salários ou coisa parecida. Para mim, é a melhor SAF do país, pois tem uma equipe apaixonada pelo clube, que o comanda sem querer lucro, ou bônus, apenas taças.


O time atleticano não é a “oitava maravilha” do mundo, pois têm carências e deficiências. Mas, para os padrões brasileiros, está muito bem servido e em condições de disputar com seus pares as competições e títulos. E uma coisa é fato. Os garotos, os mais jovens, sempre querem torcer por uma equipe que está nas finais dos torneios. Uma torcida cresce de acordo com a fase que o clube vive. Depois de ficar tantos anos no ostracismo, apenas com a conquista do Brasileiro em 1971, o Galo tomou outro rumo de 2010 para cá e esse é um caminho com o qual o torcedor sempre sonhou. Vale lembrar também que os pais atleticanos não admitem que seus filhos e netos torçam por outra equipe. É uma doutrinação que vem do berço. Tenho vários amigos que agem assim, e a herança do bom atleticano segue por gerações.


É muito bom perceber que o estado está bem representado em nível nacional. O Cruzeiro sempre fez isso, e muito bem, com conquistas e mais conquistas nacionais e internacionais, mas foi saqueado pela gestão indiciada pela polícia e está pagando a conta até hoje, o seu rival navega em águas tranquilas e voa em céu de brigadeiro. Tem gente séria no comando e mudou de patamar. Se antes apenas figurava nas competições, deu um basta nisso e vive há 12 anos de conquistas importantes. Só para enumerar, de 2010 para cá foram 2 Copas do Brasil, 1 Libertadores, 1 Recopa, 1 Supercopa e 1 Brasileiro, além do Brasileiro de 1937, reconhecido pela CBF. Sim, podemos não concordar, mas se a entidade reconheceu de outros clubes os torneios disputados anteriormente a 1971, como Campeonato Brasileiro, por quê não reconhecer o do Galo também?


Claro que o atleticano quer ver o seu maior rival, Cruzeiro, na lama, essa é a cultura do torcedor brasileiro. Mas, para nós, que trabalhamos com o futebol, quanto mais as equipes forem fortes e estiverem disputando taças, melhor. Se nos últimos tempos o Cruzeiro era o “Rei” das conquistas, essa chave virou. Hoje o Galo põe seu nome nas principais conquistas nacionais e internacionais, e deixa sua gente orgulhosa e feliz, além de ter realizado o grande sonho da casa própria. Reconhecer o que de bom tem sido feito é um papel nosso. Que Cruzeiro e América consigam também reencontrar o caminho das taças e conquistas. Para um Estado tão importante na Federação, Minas Gerais tem que estar forte também.

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