O polonês, naturalizado alemão, Miroslav Klose, é o maior artilheiro em Copas do Mundo, com 16 gols -  (crédito: Kirill KUDRYAVTSEV / AFP)

O polonês, naturalizado alemão, Miroslav Klose, é o maior artilheiro em Copas do Mundo, com 16 gols

crédito: Kirill KUDRYAVTSEV / AFP

Maior artilheiro em Copas do Mundo, com 16 gols, o polonês, naturalizado alemão, Miroslav Klose, declarou: “parei de jogar, pois não reconhecia mais o esporte. Hoje os jovens pensam em outras coisas. Quando jovem, eu só pensava em treinar e me tornar alguém nesse esporte”.

 

Vejam que declaração forte e realista. Nós, que amamos o esporte bretão, de verdade, aquele do toque, do drible, da tabela e do gol, estamos abismados com o que estamos vendo. Qualquer jogador medíocre ganha hoje, por baixo, R$ 400 mil mensais, e em dois anos terá feito sua independência financeira. Jogos ruins, dirigentes amadores, curvando-se as facções organizadas, arbitragens ruins, gramados horríveis e uma geração “nutella” estragada. É sobre ela que Klose fala.

 

Vamos pegar como exemplo o nosso melhor jogador, Neymar. Turistando em Miami, desde a semana passada, foi ao torneio de tênis com seu parça, Jimmy Blutter, craque no basquete, foi ao aniversário de Anitta e curtiu a noite com Beckham e Vitória. Nada demais se ele não estivesse se recuperando de uma cirurgia no joelho e se estivesse no seu clube árabe, que paga uma fortuna por mês, para tê-lo. O compromisso dele com o clube é zero!

 

 

E olha que tenho defendido sua convocação, quando estiver recuperado, mas sei que estou dando “murro em ponta de faca”. Os jogadores hoje têm status de movie star (astros de cinema) e querem mesmo a farra, as festas, as colunas sociais, e cada vez menos os treinamentos. Lembrar que Nelinho punha uma camisa no travessão e cobrava 100 faltas, após os treinos, para se aprimorar, que Zico cobrava 100 faltas todo sábado, para guardar pelo menos uma, domingo, no Maracanã, parece utopia. Os caras hoje querem treinar o mínimo possível, por o fone no ouvido e sair para a balada.


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Claro que todo jovem tem direito à diversão, mas tudo no seu tempo. Não à toa, Klose está na história como o maior artilheiro em Copas do Mundo. Um exemplo a ser seguido, pois, como disse, só pensava em treinar para se tronar um atleta de verdade, e se transformou. Campeão do mundo com a Alemanha, em 2014, no Brasil, fez um dos gols nos 7 a 1 e ultrapassou Ronaldo Fenômeno, em um gol. Comprometimento é isso.

 

Eu entendo que o mundo mudou. A internet, as redes sociais e tudo o mais. Porém, responsabilidade e comprometimento com seu trabalho não têm época. Temos dois jogadores brasileiros, estupradores. Um na jaula, Robinho, o outro, respondendo em liberdade, já condenado, Daniel Alves, que, aliás, não hesitou em fazer uma grande festa, que segundo a imprensa espanhola foi até as 5 da manhã, com seus convidados entrando na casa de gorro para não serem reconhecidos. São todos coniventes com o estuprador. Enquanto isso, a vítima deve estar a base de tranquilizantes, com medo de sair às ruas, pois seu algoz está solto e rindo da cara da sociedade de bem e de todas as mulheres. A Espanha estipulou que o preço do estupro por lá é 1 milhão de euros, pois foi com essa fiança de o estuprador Daniel Alves saiu da cadeia.

 

Sorte a de Klose que está rico pelo seu belo trabalho, por seu compromisso pelos clubes que defendeu, pela Seleção alemã e pela sua retidão. Ele treinou muito, batalhou muito e se tornou um grande jogador, um artilheiro nato. Eu, que amo Dirceu Lopes, Zico, Reinaldo, Gérson e outros gênios da bola, que eram profissionais ao extremo, ainda tenho que trabalhar um pouco mais e aturar essa geração perdida do futebol atual.

 

Confesso que estou prontinho para parar, e a qualquer hora me despedirei aqui. Realmente o futebol mudou e para pior. Técnicos enganadores, defendendo estupradores, um silêncio sepulcral entre jogadores, técnicos e dirigentes sobre os estupradores Robinho e Daniel Alves. Realmente a humanidade não deu certo, e quanto mais convivo com “humanos, mais e mais eu amo os animais, que na verdade, são mais “racionais” do que nós. O futebol que conheci ficou no passado, junto com os craques, e dinheiro nenhum vai comprar o que vivemos.

 

Pobre geração “Nutella”, vai morrer sem saber o que é o futebol de verdade. O que se pratica hoje, principalmente no Brasil, é tudo, menos o esporte bretão. Obrigado Miroslav Klose, um craque dentro e fora dos gramados, de caráter e berço, que os pobres milionários jogadores de hoje nunca poderão comprar.