Esportes, onde disse que as denúncias de John Textor são fortes e consistentes, com indícios que poderão se transformar em provas, e garantiu, entre outras coisas, que existe a possibilidade de o futebol no Brasil parar. A entrevista completa, você pode assistir, acessando meu canal. Sou totalmente a favor da paralisação do nosso futebol, que está na lama, e digo mais: as autoridades poderiam aproveitar e fazer uma operação “pente fino”, acabando com as federações e tornando a CBF uma entidade de direito público. Para que existem as federações? Para organizar os retrógrados e falidos campeonatos estaduais e para seus presidentes elegerem o presidente da CBF, um modelo que só existe no Brasil, pois nos países sérios, existem as confederações, que cuidam apenas de suas seleções, e as Ligas, criadas pelos clubes e geridas por eles. Simples assim.
Ninguém suporta mais o futebol brasileiro envolvido em escândalos como o da “Máfia do Apito”, em 2005, quando vários jogos foram anulados, e o então árbitro, Edilson Pereira de Carvalho, confessou os crimes, pois ele fazia o sinal da cruz e logo em seguida, apitando os jogos, manipulava resultados. Foi preso, mas não ficou no xilindró por muito tempo. A coisa caiu no esquecimento e tudo continua como “dantes no quartel de abranches”. As denúncias de John Textor, dono do Botafogo, que correm em segredo de justiça, segundo o senador Kajuru, serão encaminhadas à Polícia Federal, pois os indícios são fortes de que houve manipulação em jogos e resultados. Além disso, o Botafogo já pediu a CBF o afastamento de dois árbitros, Raphael Claus e da árbitra de vídeo, Daiane Muniz, escalados em 11 partidas juntos. “O Claus é um árbitro consagrado, que apitou Copa do Mundo, mas essa dupla com a Daiane em tantos jogos e com erros crassos, gera suspeita. Ninguém está acusando, mas estamos debruçados nas 180 páginas entregues por John Textor”, diz o senador.
Ao pedir a exclusão de Claus, para que ele não apite o clássico contra o Flamengo, domingo, o Botafogo joga suspeita em cima dele e de sua parceira na sala de vídeos. Há outros nomes citados no relatório de Textor e vários jogos sob suspeição. A situação não é simples como muitos imaginam. Kajuru garante que esse processo não vai terminar em pizza. “Estamos trabalhando pela dignidade do futebol brasileiro. Vamos até o fim e a expectativa é de a gente conclua os trabalhos, encaminhe à Polícia Federal”. Infelizmente, o torcedor brasileiro tem em sua cabeça, inúmeros jogos onde suas equipes foram prejudicadas por erros crassos, mesmo com a presença do VAR. Aliás, quem opera o dispositivo tem errado de forma grosseira. É preciso dar um basta nisso. As linhas traçadas, por exemplo, geram dúvidas em todos nós, e, vale lembrar, quem as opera, são humanos. O futebol brasileiro está contaminado há tempos.
Quantos erros crassos, ao longo da história, são comentados até hoje. O gol anulado de Zé Carlos, em 1974, na decisão do Brasileiro, contra o Vasco, pelo falecido árbitro Armando Marques. A vergonha de 1981, no Serra Dourada, quando o árbitro, José Roberto Wright, expulsou 5 jogadores do Atlético Mineiro. Os pênaltis não marcados, que inverteram a conquista de taças, os impedimentos não marcados que deram títulos a outras equipes. Enfim, esse espaço ficaria pequeno se fôssemos enumerar a quantidade de erros de árbitro e assistentes. Quero crer que erram porque são humanos e não venais. Porém, há erros que não têm justificativa. Portanto, é aproveitar essa CPI e passar a limpo o futebol brasileiro. Com a chegada de tantas casas de apostas, as dúvidas e desconfianças aumentaram. Pela paralisação do futebol brasileiro, pelo fim das federações, por uma CBF que cuide apenas da Seleção Brasileira e pela criação da Liga dos Clubes.