Raphael Claus será o árbitro de Flamengo x Botafogo neste domingo, no Maracanã -  (crédito: Paul Ellis/ AFP - 21/11/22)

Raphael Claus será o árbitro de Flamengo x Botafogo neste domingo, no Maracanã

crédito: Paul Ellis/ AFP - 21/11/22

O Botafogo pediu a exclusão do árbitro Raphael Claus do jogo deste domingo, às 11h, contra o Flamengo. A alegação do dono da SAF alvinegra, John Textor, é de que “Claus e a árbitra de vídeo Daiane Muniz trabalharam juntos em 11 jogos que estariam sob suspeita”, alguns deles citados no documento que Textor levou à CPI da Manipulação de Resultado e que, segundo o presidente da comissão, senador Jorge Kajuru, há indícios fortes.



Ele citou em entrevista ao meu canal de Youtube, JaeciCarvalhoEsportes, que “há lances editados pelo VAR que realmente causam indignação”. “Eu fiquei aturdido com o que vi e acredito que isso possa sim se transformar em uma prova concreta”, diz o senador.


Cajuru também garantiu que essa CPI não vai acabar em pizza, e que um lado ou outro terá que pagar na Justiça. “Se o Textor não conseguir comprovar o que disse e nos trouxe, vou pedir o banimento dele do futebol e sua expulsão do país. Se eu não fizer isso, seu telespectador e meu eleitor podem pedir a minha cassação.”

 

 

Acredito que até como medida protetiva a Raphael Claus, a CBF deveria tirá-lo dos jogos do Botafogo. Imaginem se ele comete erros na partida de hoje, o que os torcedores do Botafogo vão gritar das arquibancadas? Se errar contra o Flamengo, do mesmo jeito os rubro-negros vão chiar. Ou seja, Claus vai apitar entre a cruz e a espada.

 



Não seria melhor ter escalado outro árbitro e preservá-lo? Vale dizer que o árbitro não é suspeito de absolutamente nada, pois tem uma carreira reta e decente. Pode ter errado em vários jogos, mas acredito que errou porque é humano e passível de erro. Acho que é um péssimo árbitro, mas jamais venal.



Ele não é nada diferente de seus pares no apito, muito ruim mesmo e ainda foi premiado, apitando a Copa do Mundo do Catar, junto com o também péssimo Wilton Pereira Sampaio.

 

Wilson Seneme, chefe da arbitragem, o manteve para o clássico desta manhã e tomara que não haja lances polêmicos, nem tampouco que gerem suspeita. O fato de ele ter apitado 11 jogos com a mesma árbitra de vídeo também foi um erro de quem fez a escala. Por que os dois juntos em tantos jogos, pra quê?

 



O problema dos homens que comandam a arbitragem no Brasil é que querem aparecer mais que os próprios árbitros. Aliás, esse tal Seneme foi fraquíssimo quando apitava e não tem prerrogativa para decidir absolutamente nada.



E não me venha dizer que os árbitros precisam ser profissionalizados, pois quem ganha R$ 5 mil para apitar uma partida e pode apitar até oito jogos por mês, perfazendo um salário de R$ 40 mil mensais, é mais do que profissional.



O que falta mesmo é gente de qualidade para treiná-los e escalá-los. É sabido que, depois que o dispositivo VAR chegou ao Brasil, os árbitros fizeram como Pilatos, lavaram as mãos. Não decidem mais nada. O pênalti pode ser claro, na cara dele, que ele prefere jogar a responsabilidade para o dispositivo.

 

Vivemos um momento delicadíssimo no futebol brasileiro. Torcedores duvidam das casas de apostas, árbitros cometendo erros simples, dirigentes fazendo acusações, técnicos medíocres, dirigentes amadores. É um conjunto de coisas erradas que jogam nosso futebol na lama.



Espero mesmo que a CPI seja séria, que consiga detectar possíveis fraudes e que ponha os corruptos na cadeia. Por enquanto, há um áudio de um árbitro, na terceira divisão, confessando e pedindo a propina do acordo feito. Mas e das Séries A, B e C, há gravações? Vamos aguardar os próximos e decisivos passos da CPI e que hoje Raphael Claus não erre nem a favor, nem contra o Botafogo.