Na noite de quarta-feira, perdemos o nosso querido Washington Rodrigues, o “Apolinho”. Cresci ouvindo-o na Rádio Globo, quando fazia dupla com Deni Menezes, “os Trepidantes”. Sempre bem informado, tinha um amor enorme pelo Flamengo, clube que treinou em 1995. Apolo era gentil, amável e companheiro. Tive a honra de trabalhar com ele na Rádio Tupi e de dividir coberturas mundo afora. Foi, sem a menor dúvida, o maior repórter e comentarista do rádio brasileiro. Na quinta-feira, foi a vez do também talentoso Antero Greco, referência para todos nós. Dividimos coberturas em Copas do Mundo. Não tinha muita intimidade com ele, mas o admirava e adorava sua dupla com Paulo Soares, “o Amigão”, no SportCenter, da ESPN, e também do grande narrador Silvio Luiz, com seus bordões maravilhosos como “pela barba do profeta”, “pelo amor dos meus filhinhos”, “o que eu vou dizer quando eu chegar em casa”. Enfim, todos adorávamos as suas narrações. Os três ícones agora são estrelinhas, e fico imaginando a “resenha” que estão fazendo lá no Céu. Deixaram um legado maravilhoso e honraram a nossa profissão. Descansem em paz e continuem a brilhar em outro plano.

 



 

Demora inexplicável

 

Desde que aconteceu a tragédia no Rio Grande do Sul, não me cansei de pedir aqui neste espaço e no meu canal de Youtube, JaeciCarvalhoEsportes, para a CBF paralisar o Brasileirão. Somente após a maioria dos clubes exigir a paralisação, a CBF soltou nota oficial, parando a competição por duas rodadas, até o dia 30. Era o mínimo que se esperava da entidade, que, por enquanto, manda no futebol brasileiro. Na verdade, deveria cuidar única e exclusivamente da Seleção Brasileira. Os clubes não conseguem se unir e formar uma Liga para conduzir seus próprios destinos. Porém, agora, devem ter percebido a força que têm. Exigiram a paralisação e a CBF teve que acatar. Flamengo e Palmeiras, que parecem se achar acima do bem e do mal, não concordaram, mas foram voto vencido. Se quiserem, que disputem, os dois, um campeonato entre eles. Solidariedade e humanidade, neste momento, são as palavras de ordem para todos nós. Não deixem de ajudar nossos irmãos do Rio Grande do Sul.

 

 

Atitudes contra o racismo

 

Finalmente a Fifa tomou uma posição mais radical contra o racismo e os racistas que insistem em cometer esse grave crime. Se houver racistas nos estádios, destilando seu ódio sobre jogadores, o árbitro poderá parar a partida, e exigir a prisão do criminoso. Se os atos racistas continuarem, ele pode encerrar o jogo e dar a vitória ao time que teve seu jogador discriminado. Já é um avanço. A Fifa também quer que todos os países-membros tenham o racismo como crime e que a pena para isso seja severa. Na Espanha, por exemplo, não levam o crime a sério. Nosso grande jogador, Vini Júnior, que iniciou uma luta gigante contra os preconceituosos, terá, agora, mais apoio. Todos nós devemos nos engajar nessa campanha. É uma luta de todos contra esse crime nojento e hediondo.

 

 

Copa América na terra do Tio Sam

 

A Copa América será realizada aqui nos Estados Unidos, em junho e julho. Por enquanto, não há mobilização nas cidades-sede para o evento. Ele servirá de teste para a Copa do Mundo de 2026, que será sediada em conjunto por Estados Unidos, México e Canadá. O futebol por aqui, mesmo sendo a MLS a maior competição e tendo Messi como garoto propaganda, continua fraco e ruim. É preciso que haja acesso e descenso para tornar a competição mais atraente. São 26 franquias, muito bem estruturadas, mas falta aquele apelo de ver seu clube brigando pela taça ou para não cair. Pela grande comunidade brasileira, colombiana, chilena, argentina e uruguaia, deveremos ter estádios cheios nos jogos dessas seleções. A grande decisão será no Hard Rock Stadium, em Miami, que virou palco de grandes eventos, como Fórmula-1 e Miami Open de Tênis. O Brasil só jogará em Miami se chegar à final do torneio.

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