Lance entre México e Jamaica, no NRG Stadium, em 22 de junho de 2024, em Houston, Texas, pela Copa América -  (crédito: Hector Vivas/Getty Images/AFP)

Lance entre México e Jamaica, no NRG Stadium, em 22 de junho de 2024, em Houston, Texas, pela Copa América

crédito: Hector Vivas/Getty Images/AFP

Sou um apaixonado pela Seleção Brasileira, que me levou a conhecer boa parte do mundo, com 73 países visitados e 285 coberturas internacionais. Não havia coisa melhor do que desembarcar na China, Japão, Oriente médio, Europa, Estados Unidos, África, enfim, em todos os países e continentes e ser idolatrado por causa de Pelé, Zico, Romário, Ronaldinho Gaúcho, Rivelino, Piazza e tantos outros gênios que vestiram a camisa amarela, a única, com cinco títulos mundiais.


Você não precisava falar a língua, por mais difícil que ela fosse, pois bastava dizer a Pelé ou futebol brasileiro, que as portas se abriam. Por que estou usando o verbo no passado? Porque atualmente as portas estão totalmente fechadas. O Brasil não é mais o país do futebol, os craques se extinguiram e o respeito que tínhamos no mundo, acabou.


Atualmente, qualquer seleçãozinha nos encara de igual para igual e até nos vence, casos de Camarões, Marrocos e Tunísia. Jamais havíamos perdido para uma seleção africana em nossa gloriosa história, mas perdemos, numa sequência, que começou com Tite na Copa do Catar, 1 a 0 para Camarões, e culminou com Ramon Menezes, nos amistosos contra Marrocos e Tunísia.

 


A Copa América começou. Esta é a minha décima segunda cobertura dessa competição, sem apelo, sem atrativo, sem qualidade. São as 10 seleções da América do Sul, e os convidados da Concacaf, uma espécie de teste para a Copa do Mundo de 2026, que será disputada em território americano.


São 12 sedes americanas na Copa América deste ano, mas, sinceramente, não vejo festa, não percebo interesse do público, principalmente dos americanos. Desde que tomamos de 7 a 1 na Copa realizada no Brasil, com o técnico Felipão, Júlio César, Maicon, Dante, Davi Luiz e Marcelo, Fernandinho, Luiz Gustavo e Oscar, Bernard, Hulk e Fred, com as entradas também de Paulinho e Ramirez, decidi não cobrir mais a Seleção em Mundiais.


Na Rússia e no Catar, optei por cobrir a competição em geral, me fixando numa sede e escolhendo os jogos de outras seleções. Lá, só cobri o Brasil quando ele jogou em Moscou e San Petesburgo. No Catar, como a Copa foi numa sede só, cobri todos os jogos do Brasil, até a fatídica eliminação para a Croácia. Foi a melhor Copa de todas sob o ponto de vista de número de jogos cobertos. Consegui ir a quase 30 partidas. Um espetáculo. E a final foi com chave de diamante, no melhor jogo de todas as Copas: Argentina 3 x 3 França, com show de Messi e Mbappé.


Nessa Copa América, como moro aqui em Miami, vou cobrir apenas três jogos, no Hard Rock Stadium. Teremos hoje, às 21h, Uruguai x Panamá. Dia 29, Argentina x Peru, e no dia 14 de julho, a grande final. Vejam que são jogos inexpressivos, sem o menor apelo.


Essa é a Copa América, competição fadada ao fim, pela falta de qualidade. Dá pra gente entender o motivo de a Libertadores estar tão ruim nos últimos anos. O futebol da América do Sul agoniza, profundamente. É um coma onde não sabemos se o doente acordará um dia.


O time brasileiro quer ter uma nova roupagem, mas com Alisson, Marquinhos e Danilo, realmente fica difícil. Saber que a faixa de capitão, que já foi de Carlos Alberto Torres e Cafu, dois gigantes do nosso futebol, foi passada para Danilo, é mesmo o fim. Um lateral bem comum, que deu sorte de jogar no Real Madri, City e Juventus. É bem verdade que nos dois primeiros foi apenas um reserva, mas na Juve é titular. Vejam a que nível o futebol brasileiro chegou. Me encantam os três atacantes: Rodrygo, Endrick e Vini Júnior. No mais, é um time muito comum e previsível.


Gosto muito de Dorival Júnior e do trabalho que fez nos clubes, mas não sei se terá êxito na Seleção, pois as escolhas pelos engodos de Tite vão atrapalhar seu planejamento. Temos Bento no gol, que deveria ser o titular. Se não tivermos um zagueiro melhor que Marquinhos, temos mesmo que fechar as portas. E laterais, não temos nem na direita, nem na esquerda. Os que lá estão são bem normais.


No meu programa, JaeciCarvalho Esportes, de segunda à sexta, às 19h, no meu canal no YouTube, que tem grande audiência, quando falo em seleção, percebo o desinteresse do torcedor. A maioria nem sabe que dia o Brasil vai jogar. Ele se interessa por seu clube e nada mais. Os 7 a 1 nos jogaram na lama, de onde não conseguimos sair até hoje.


E o pior é saber que o futebol brasileiro, 10 anos depois, repatria os fracassados daquele fatídico dia 8 de julho, no Mineirão. Esses caras envergonharam a nação e protagonizaram o maior vexame do esporte mundial e não apenas do futebol. Por isso, o amor do povo pelo time canarinho acabou. Será difícil resgata-lo, pois sem craques e sem talentos, nada feito.


Se querem saber meu palpite: a Copa América, se os grupos permitirem, deverá ser decidida por Uruguai e Argentina. No momento, até a Colômbia pratica futebol melhor que o nosso. Triste, mas verdadeira constatação. “Enquanto isso, mais um gol da Alemanha”.

 

Liderança jovem e feminina

 

Na quinta-feira, o Fasano recebeu o almoço de lançamento do Lide Minas. Um grupo de empresários e personalidades do governo esteve lá para prestigiar a empresária e investidora da economia verde Patrícia Leiva. Ela recebeu a nomeação, orgulhosa, pois é mineira, apaixonada pelo nosso Estado, acreditando no desenvolvimento de negócios para o Brasil e exterior. Sucesso, querida amiga. Você tem se notabilizado pela sua competência e qualidade.