O árbitro Bráulio da Silva Machado teve atuação questionável no jogo entre Flamengo – adversário de hoje do Galo – e Cruzeiro, no último fim de semana, no Maracanã -  (crédito: Gustavo Aleixo/Cruzeiro)

O árbitro Bráulio da Silva Machado teve atuação questionável no jogo entre Flamengo – adversário de hoje do Galo – e Cruzeiro, no último fim de semana, no Maracanã

crédito: Gustavo Aleixo/Cruzeiro

 

Sou flamenguista, nunca neguei, mas também nunca deixei de criticar a arbitragem, que na dúvida, pró-réu, e o réu é sempre o time carioca. Desde o começo do Brasileirão, os erros a favor do time rubro-negro têm sido crassos, como no jogo com o Atlético-GO, onde anularam um gol legítimo do time da casa e uma penalidade a favor do Flamengo em Bruno Henrique, escandalosa. No jogo com o Athletico-PR, mais uma arbitragem incorreta e, na partida contra o Cruzeiro, o assoprador de apito Bráulio da Silva Machado marcou uma penalidade em Bruno Henrique, quando o jogador Robert, do Cruzeiro, sequer encostou no atacante rubro-negro. Uma calamidade. O VAR ficou até sem jeito, demorou a chamá-lo, mas o chamou. Ele foi ao monitor e anulou a penalidade e o cartão amarelo que havia aplicado ao atleta cruzeirense. Além disso, no segundo gol rubro-negro, não parou o jogo quando o atleta azul chutou a bola pra frente e caiu, pedindo atendimento, e na sequência, o “malandro” Gérson seguiu na jogada, caiu e o árbitro marcou falta, que pra mim não houve. Vejam quantos erros crassos num jogo só! Logo o Bráulio, que foi criticado pelos youtubers flamenguistas e parte da imprensa. Parece que entrou pressionado e disposto a ajudar o time carioca.

Hoje teremos, na Arena do Galo, Atlético x Flamengo. O time alvinegro não vive bom momento e está com uma equipe reserva. Mesmo assim, é preciso ficar de olho na arbitragem de Ramon Abatti Abel, para que apite com transparência e qualidade, marcando realmente o que acontecer. O histórico do Galo contra o time carioca é um terror. Basta lembrar 1981, quando José Roberto Wright expulsou cinco jogadores do alvinegro e cometeu o maior crime da história do futebol brasileiro, ao prejudicar o alvinegro. E não fossem os erros crassos da arbitragem brasileira, e o Galo teria vencido pelo menos mais uns quatro brasileiros. Entendo que a arbitragem isenta erra para os dois lados, pois os juízes são humanos, porém há erros que causam suspeitas, tamanha a desfaçatez do apitador.

O Flamengo, que fatura, anualmente, R$ 1,7 bilhão, e contrata os melhores jogadores, teoricamente, tem dois bons atletas por posição, mas não está jogando futebol de alto nível. Tite é um péssimo técnico e a equipe só está na ponta da tabela pelos erros de arbitragem e porque tem um grupo mais forte que os demais. Aliás, esse time quando quer jogar joga de verdade e não precisa de técnico enganador. O Flamengo joga com o freio de mão puxado. Contra o Cruzeiro, domingo, o time celeste foi melhor em boa parte do jogo, e olha que os atletas de alto nível, contratados, não estrearam. Não fosse o árbitro, e o time azul teria ganhado pelo menos um ponto e não perdido três. Foi uma covardia o que o tal Bráulio fez. Garanto que no jogo do returno, no Mineirão lotado e com os jogadores contratados, já encaixados, o Cruzeiro vai ganhar e bem, isso, se a arbitragem deixar.

O Atlético precisa da vitória para se manter na parte alta da tabela e almejar, no mínimo, uma vaga na fase de grupos da Libertadores. O alvinegro caiu muito, pela ausência de alguns titulares, e pela incapacidade do técnico de dar o padrão que havia imposto assim que chegou. Mas com Hulk, Paulinho e Scarpa poderá dar trabalho a fraca zaga rubro-negra, que tem David Luiz, zagueiro dos 7 a 1 impostos pela Alemanha. Quando uma equipe perde por incompetência, a gente analisa e ponto. Mas perder por erros crassos da arbitragem, é revoltante. O Flamengo não precisa disso, pois, como afirmei acima, tem o grupo mais qualificado do país, embora com um técnico fraquíssimo, que durante seis anos fez um péssimo trabalho na Seleção Brasileira e foi eliminado por duas seleções de segunda linha do futebol mundial, Bélgica e Croácia, e ainda se escondeu no vestiário, ao invés de consolar os jogadores em campo. Todos os torcedores, país afora, atestam a complacência dos árbitros com o rubro-negro.

Sou Flamengo, mas procuro ser o máximo isento nas minhas colocações, e, me abstenho de torcer pelo meu time enquanto Tite for o treinador. Aliás, torcedor do Galo, não se esqueça, foi esse treinador quem sujou a gloriosa história do alvinegro, jogando-o na Segunda Divisão. O futebol é o único lugar onde o cara “cai pra cima”. Tite afundou o Brasil, rebaixou o Galo e “caiu” pra cima, e hoje é técnico do Flamengo. Pobre futebol brasileiro, de memória curta e de arbitragem na lama. Olho em Ramon Abati Abel esta noite. Que ele não apareça em campo e apite com tranquilidade e isenção, sem olhar camisa de time algum.