A Inglaterra venceu a Holanda por 2 a 1, ontem, em Dortmound, e garantiu vaga para encarar a Espanha, domingo, na grande final da Eurocopa, no Estádio Olímpico de Berlim. Os ingleses jamais venceram a competição, ao passo que os espanhóis vão em busca do tetracampeonato. Na última edição, disputada em 2021, na Inglaterra, os ingleses perderam para a Itália, nas penalidades, dentro do templo sagrado do futebol, Wembley. Assim, acumularam mais um fracasso já que fora a primeira vez que chagaram a decisão do torneio.

 

A Inglaterra, a rigor, tem apenas um título de expressão, a Copa do Mundo de 1966, mesmo assim, muito contestada pelos alemães, pois até hoje ninguém pode dizer se a bola do terceiro gol inglês entrou ou não. O jogo estava empatado em 2 a 2. Mas a história contra que os inventores do futebol são os campeões de fato e de direito daquele Mundial. 58 anos depois, eles têm a chance de ganhar o troféu e acabar, definitivamente, com a “maldição inglesa”.

 



 

Essa geração é uma das mais fortes e brilhantes da terra do Rei Charles, com jogadores como Walker, Foden, Bellingham, Kane, Saka e outros. O técnico, Gareth Southgate, treina a equipe há anos e tem o grupo na mão. Talvez o jogo contra os holandeses tenha sido o melhor na competição até agora, pois para chegar na semifinal, os ingleses penaram para bater a Suíça, depois de empate no tempo normal e na prorrogação. Nas penalidades foi 5 a 3.

 

Já a Espanha venceu todos os seus jogos e fez campanha brilhante. É um time jovem, mais muito bem treinado, com a cereja do bolo, que se chama Lamine Yamal, titular também do Barcelona, que recebeu proposta de US$ 250 milhões por ele (R$ 1,5 bilhão) e recusou. A Espanha joga futebol de toque de bola, de drible, de tabela e de gols. Dá gosto em ver essa nova geração.

 

Não tenho a menor dúvida de que teremos um grande jogo e, confesso, quero que os ingleses vençam, pois merecem conquistar pela primeira vez a Eurocopa. Chegar à duas finais, seguidas, e perder as duas, será mais um duro golpe para o futebol bretão.

 

A Espanha foi campeã em três oportunidades, as duas últimas em 2008 e 2012, sendo que em 2010, os espanhóis ganharam sua única Copa do Mundo, batendo a Holanda por 1 a 0, gol de Iniesta, na Copa da África do Sul. Foram 4 anos seguidos e de ouro para a Espanha.

 

Domingo será um grande dia, pois assistirei a final da Eurocopa, e depois seguirei para o Hard Rock Stadium, aqui perto de casa, para assistir a final da Copa América. Como é bom perceber que as grandes seleções sempre chegam. A Argentina é finalista. Uruguai e Colômbia, segunda e terceiras forças, disputaram ontem uma vaga na final, mas escrevi essa coluna antes do jogo e por questão de fluxo, não havia como esperar o final para por finalista. Mas são as três maiores forças da América do Sul.

 

Uma pena que o Brasil esteja fora de mais uma final. A gestão de Ednaldo Rodrigues é um fracasso, e ele só está no cargo por uma liminar do ministro Gilmar Mendes que, segundo reportagens, tem seu filho e seu escritório trabalhando para a CBF. Dorival Júnior perdeu a chance de ter convocado apenas os jovens e dar a eles experiência para o Mundial de 2026. Ficou refém da panela de Tite, e voltou para casa mais cedo. Enquanto as seleções europeias apostam na renovação, revelando grandes talentos, Dorival Júnior, esquece Endrick, que foi reserva, Estevão, que mostra futebol da gente grande e outros valores que não foram chamados.

 

Já a Espanha aposta em Lamine Yamal, de 16 anos, que fará aniversário no sábado. Ter coragem é isso. Não se deve privilegiar jogadores velhos e fracassados em Mundiais. Por isso, o povo brasileiro já não acredita mais na Seleção Brasileira, e muitos, torcem contra.

 

Que tenhamos duas grandes decisões no domingo, e que os campeões sejam aqueles que privilegiarem a arte, a técnica, o toque e o gol. Que a Inglaterra consiga, finalmente, acabar com a maldição de não ganhar uma taça desde 1966. Na Copa América, acredito que vai dar Argentina, novamente. A atual campeã da competição e da Copa do Mundo tem um belíssimo time e jogadores com uma vontade de ganhar incrível, coisa que falta para os jogadores brasileiros, há tempos. Por isso, não ganhamos mais nada.

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