O técnico Fernando Seabra ganhou sobrevida no comando do Cruzeiro, pois a diretoria entende que o trabalho dele é bom e que a oscilação para baixo acontece com todos os times do Brasileirão. Outro ponto que pesou para a manutenção é o fato de não haver bons treinadores disponíveis no mercado. Dessa forma, a melhor solução foi mantê-lo. E, como amanhã, o jogo será contra o Atlético-GO, no Mineirão, com 60 mil pessoas, o time azul deverá fazer as pazes com a vitória e garantir os 3 pontos, que darão mais tranquilidade. Vem aí a Data-Fifa, e Seabra terá tempo para ajustar a equipe, dar mais ritmo aos jogadores contratados e recolocar o Cruzeiro no trilho certo. Na minha visão, uma decisão pra lá de acertada. Seabra é honesto e faz um excelente trabalho, embora um treinador viva de resultados.
Cuidado, William
O lateral-direito William foi convocado para a Seleção Brasileira, que vai disputar os jogos pelas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2026. Entrou na vaga de Yan Couto, cortado. Antigamente, a gente comemorava a convocação de jogadores do nosso time, mas, com a banalização na camisa amarela, isso mudou. Hoje o atleta que está bem no clube vai para a Seleção e volta estragado. William é o melhor lateral do país, e já deveria ter sido convocado há tempos. É bem melhor que Yan Couto e Danilo. Só espero que ele não desaprenda nesse período e que volte com o futebol que tem apresentado. Infelizmente, servir a Seleção nos dias atuais é um desprestígio para o jogador. Dura e triste realidade.
Milito quer confrontar a imprensa séria
O técnico Gabriel Milito, percebendo a inferioridade do Atlético em relação ao São Paulo, fez o certo. Escalou o time no 4-4-2, jogou na retranca, pelo empate, e foi premiado, no final, com o gol de Battaglia. Leva uma vantagem significativa para o jogo de volta, após a Data-Fifa. Milito reclamou que a “imprensa só critica após os jogos”. Uai, o que ele quer? Faça treinos abertos, e os jornalistas, de verdade, formados e diplomados, vão analisar e tecer comentários antes dos jogos. Quem esconde treino é técnico que de bola não entende. Sou de uma época em que ficávamos à beira do gramado, nos CTs, assistindo aos treinos. Porém, os técnicos eram Zagallo, Parreira, Telê Santana, Carlos Alberto Silva, Leão e outros grandes profissionais de épocas passadas. Eles não escondiam nada, pois sabiam o que estavam fazendo, com a qualidade e competência que lhe eram peculiar. Os técnicos de hoje, na maioria, são enganadores.
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Champions League
A ganância da Uefa está transformando a melhor competição de clubes do mundo na pior. Ao aumentar de 32 para 36 clubes na Champions League, o presidente da entidade, Aleksander Ceferin está dizendo que a entidade privilegia encher os cofres de dinheiro, em detrimento do bom futebol. O modelo usado até a temporada passada era perfeito, com oito grupos de quatro times, classificando-se os primeiros e segundos colocados para os mata-matas. Agora, vão se classificar os oito melhores, por pontos corridos, e o restante vai disputar um mata-mata para conhecermos os outros oito. A única vantagem é que teremos confrontos de gigantes já na primeira fase. Mas há um ditado antigo: “em time que está ganhando não se mexe”. Ceferin, assim como todos os dirigentes, só pensar em dinheiro e não na qualidade técnica das competições. Inchar um campeonato significa tirar dele a qualidade técnica em prol da quantidade de equipes.