A “rainha Marta”, única mulher a ganhar como a melhor jogadora do mundo por seis vezes, o prêmio da Fifa, ficou de fora dos jogos contra a França e Espanha, vencidos pelo Brasil, que pôs as meninas na final contra os Estados Unidos. A vitória sobre a Espanha foi esmagadora, um 4 a 2, que poderia ter sido 8, pela gigantesca atuação das nossas garotas. Dito isso, surgiu um questionamento da nossa parte: Marta merece ser titular na grande decisão ou deveria ficar no banco? Confesso que, tão logo o jogo terminou, pensei: se o time foi tão bem nos dois jogos, sem a nossa melhor jogadora, pra quê mexer? Porém, hoje, ao acordar, refleti melhor e penso que Marta deve começar jogando. Depois de seis Olimpíadas e o sonho do ouro, é chegada a hora de ela tentar realizar o sonho e buscar a medalha que esteve pertinho dela em algumas oportunidades. Seria como fechar a carreira com chave de ouro, realmente.

Sei que Marta, assim como Messi, já não joga mais aquele velho e excepcional futebol, pois o tempo é cruel com todos nós. O talento e a qualidade ninguém perde, mas a velocidade e a força física ficam comprometidos com a idade avançada. O time jogou certinho, com garra, disposição e uma organização tática incríveis, mas Marta é a genialidade, o talento, a qualidade ímpar. Mesmo sem a mesma força, uma jogada sua pode decidir o título, ainda mais, diante das americanas, que são as favoritas. A prata nós já temos, por quê não buscar o ouro? O time se classificou como um dos melhores terceiros colocados, e daí pra frente, cresceu e superou as francesas e espanholas, em dois grandes jogos. Incrédulas, as meninas da Espanha tentaram menosprezar nossa vitória, dizendo que “não praticamos futebol”. Saber perder é uma grandeza para poucos. O Brasil chegou à final com competência, qualidade, e, acima de tudo, futebol impecável.

Eu colocaria Marta, desde o começo do jogo, pois caso ela fique no banco e o Brasil saia perdendo, será muito difícil recuperar. É melhor ela entrar de cara e tentar decidir a parada a nosso favor. Só mesmo o futebol para proporcionar momentos como esse. Algoz das Olimpíadas de Atenas, em 2004, e Pequim, 2008, os Estados Unidos são uma superpotência no futebol feminino, mas um dia essa escrita tem que acabar, quem sabe neste sábado? Marta, a “rainha do futebol mundial”, merece essa glória. Uma lutadora, que representa muito bem a garra, a vontade e perseverança. Ainda que suas pernas não atendam mais os seus desejos, acredito que ela dará o último gás. Suspensa nos dois últimos jogos, ficou na torcida e viu o time chegar à final. Não há como imaginar essa equipe entrando em campo sem Marta. Que ela comece jogando, que faça o Brasil abrir o placar e que as meninas consigam segurar o resultado pela busca do ouro inédito. Por Marta e pelo ouro, eu sou mais Brasil.

 

Família Vicintin é um fenômeno

Doutor Ricardo e seu filho, Bruno Vicintin, donos da Rima, uma das empresas mais importantes de Minas Gerais e do país, são dois apaixonados pelo esporte bretão. Bruno foi campeoníssimo no Cruzeiro, em 2013-2014, e, junto com seu pai, comprou o Alverca, em Portugal, e, posteriormente, o Santa Clara. Esta semana, foram tema dos principais jornais portugueses pelo belíssimo trabalho realizado por lá, com a ascensão do Santa Clara à elite. E subiu com uma campanha impecável, com recorde de pontos. Os jornais classificam a família Vicintin como um Fenômeno. Onde há seriedade, competência, transparência e qualidade, o resultado é esse. Parabéns doutor Ricardo e Bruno Vicintin. Vocês orgulham o nome de Minas Gerais na Europa. Sucesso na elite do futebol português nesta temporada.

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