O Cruzeiro enfrenta o Vitória hoje, no Barradão, em jogo pelo Brasileirão, onde ele é um dos postulantes ao título. Depois de quatro jogos ruins, o torcedor tem reclamado muito, principalmente de Matheus Pereira – para mim o melhor 10 do Brasil, mas que anda devendo. Está se achando o Zidane e está milhões de léguas de distância do craque francês. É um bom jogador e nada além disso.

 

É preciso que ele participe mais do jogo, que entenda o futebol coletivo. Não estou pedindo para marcar, e sim para fechar os espaços, ajudar seus companheiros. Passar um jogo, como aquele contra o Boca Juniors, com a bola “queimando os pés” não é boa atitude. Ele não é o culpado pela derrota, mas o Cruzeiro jogou com um a menos na Bombonera.

 

Existe a possibilidade de o técnico Fernando Seabra poupar jogadores, para que descansem e enfrentem o Boca, na quinta, no Mineirão, em jogo decisivo. Discordo completamente. Gosto da filosofia do português Jorge Jesus, que disse: “Comigo, o jogador descansa um dia na semana e tem que estar apto para jogar no meio de semana e aos sábados e domingos, e em todas as competições”. Certíssimo.

 



 

Esses caras ganham fortunas e querem ser poupados, alegando cansaço. Manda um deles “bater uma laje”, de 7 da manhã às 6 da tarde, para ver o que é bom! Comem as melhores refeições, andam em voos fretados, dormem nos melhores hotéis e têm um estafe gigantesco à disposição. Precisam apenas entrar em campo e fazer o que deles se espera.

 

O Cruzeiro, com 36 pontos e um jogo a menos que o líder Botafogo poderá chegar aos 39, ultrapassar Palmeiras e São Paulo, e ficar a quatro pontos do alvinegro, o que implica dizer que o time azul está na briga pela taça e não pode e não deve dar chances aos adversários. Se eles quiserem poupar, que o façam, danem-se. O Cruzeiro tem que cuidar de seus interesses.

 

Sei que a Sul-Americana será comemorada, em caso de conquista, mas não tem comparação com o título brasileiro. Não tem que poupar ninguém. É jogar com o que há de melhor, tentar faturar os três pontos, pois jogar em Salvador não é fácil. Mesmo em fase ruim, o Vitória é um adversário encardido.

 

Hoje o Cruzeiro tem grupo, time e banco para não precisar poupar ninguém. A partida contra o Boca será na quinta-feira, e há tempo de recuperação. O único chorão com relação ao número de jogos é o tal Tite, técnico fraco, que justifica o péssimo futebol do Flamengo pelo número de jogos. O que diria Carlo Ancelotti, pois o Real Madri fará 70 partidas na temporada? Tite é a maior mentira do futebol brasileiro, que entregou o Brasil em duas Copas do Mundo. Técnico de um time só, o Corinthians do Lula, seu amiguinho!

 

Outra coisa: dono do time tem sim o direito de mandar escalar os jogadores por ele contratados. O Cruzeiro é uma empresa, e Pedro Lourenço não investiu R$ 200 milhões para que o técnico deixe os reforços no banco. Pergunte ao Florentino Perez se ele aceitaria Mbappé no banco, que custou uma fortuna aos cofres do time merengue? E Ancelotti não é estúpido a ponto de fazer isso. O dono manda, obedece quem tem juízo.

 

No mais, é Pedrinho determinar time completo esta noite, em busca dos três pontos. Cruzeiro, Botafogo, Fortaleza, São Paulo, Palmeiras e Flamengo estão disputando a taça, e cada jogo é uma grande decisão. Poupar quem ganha R$ 1 milhão, mensais, come filé mignon, dorme nos melhores hotéis, anda nos aviões seguros e tem toda a infraestrutura à disposição, não é decisão acertada. Quero o Cabuloso completo, em busca de mais três pontos, é isso o que deseja o torcedor azul.


Alexandre Kalil

 

Hoje tem o maior presidente da história do Atlético Mineiro no podcast “Prateleira de Cima”, dos meus amigos e competentes Chico Maia e Régis Souto. Imperdível.

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