A maravilhosa frase do poeta e escritor italiano, já falecido, Umberto Eco, retrata a realidade das redes sociais, e, principalmente, do Instagram. Se a gente analisa a fase ruim de uma equipe, os “imbecis” despejam comentários odiosos e maldosos, como se fossem os donos da verdade. O Atlético Mineiro vive um de seus piores momentos desde que se transformou em SAF.


Tem um time absolutamente mediano, que alguns querem impor, goela a baixo, que é um “timaço”. Não tem um diretor de futebol competente e fez contratações pífias, como a de Bernard, que com todo o respeito que merece, pois é um excelente garoto, nunca foi um grande jogador.


Assim como Jô, foi fabricado por Ronaldinho Gaúcho, maestro daquela campanha e título da Libertadores. Victor, ex-goleiro, transformado em herói pela defesa contra o Tijuana, no pênalti cobrado por Riascos, é uma excelente pessoa, mas ainda muito cru na nova função. Pode evoluir, mas a torcida precisará ter paciência, e isso é o que o torcedor não tem.

 




Volta e meia, quando critico, alguns dizem: “o Jaeci é flamenguista e cruzeirense”. Uai, eu sempre fui, qual o problema. Mesmo quando eu trabalhava na TV Globo e era proibido falar para qual clube a gente torcia, eu falei e ponto. Engraçado que quando elogiei o Atlético Mineiro, não vi ninguém reclamar que eu era flamenguista ou que gostava mais do Cruzeiro.


Aliás, também já fiz duras críticas ao Cruzeiro, quando ele mereceu, e também já sofri críticas dos cruzeirenses. A verdade é uma só: estou no futebol, trabalhando há 45 anos, e sei muito bem como a banda toca para o torcedor. Ele é passional, envolvido por uma “manada” e seguindo o líder, que, muitas das vezes, é um “imbecil”, como muito bem colocou Umberto Eco.

 


Lamentável é ver dirigentes, que deveriam pregar o respeito, fazendo o contrário, e pregando o ódio. Não conseguem separar o profissionalismo que deveriam ter da passionalidade.


Exceto em 2021, quando ganhou o Brasileiro e a Copa do Brasil, o Atlético Mineiro continua sendo uma eterna promessa no começo das competições, e uma decepção ao final delas. Um clube que ficou 40 anos no ostracismo, que foi jogado na Segunda Divisão, e que só se recuperou e deu alegrias ao seu torcedor em 2013/14 com o maior título de sua história, a Libertadores, a Recopa e a Copa do Brasil.


Quando aponto o Fluminense como aquele que deverá avançar às semifinais da Libertadores é porque, neste momento, ele é melhor que o alvinegro, mesmo estando mal no Brasileirão. Peguem os jogadores do tricolor e comparem com os do Atlético Mineiro, e vocês vão perceber a qualidade de um time e a do outro. Contra fatos não há argumento.


Porém, em mata-matas tudo é possível. Vocês viram o Boca tendo um jogador expulso com 19 segundos de jogo. Isso desestrutura e derruba qualquer esquema de uma equipe. O Galo não está eliminado e pode até avançar, mas não é o favorito para isso.

 


Hulk, que é meio time, por sua garra, vontade, determinação, artilharia e por passes precisos, faz muita falta e, com ele em campo, contra o Flu, pois deverá estar recuperado, as chances aumentam. Decidir em casa não é mais vantagem para o Atlético Mineiro, pois ele saiu de sua arena, pelos diversos problemas citados pela própria torcida e jogadores. Não somos nós quem dissemos que a acústica é péssima, que há pontos cegos e que o gramado é pífio. Foram os próprios torcedores e jogadores.


Ouvir verdades é para poucos, é para aqueles dirigentes inteligentes que ficam putos conosco, mas que entendem que não há como ser diferente. O Atlético, neste Brasileirão, virou um saco de pancadas, haja vista as derrotas para Palmeiras e Flamengo, tomando oito gols e fazendo apenas dois, em sua casa.


Na derrota para o Vitória, por 4 a 1, no Barradão, e sábado, para o Fluminense, no Mineirão. Viram como o problema não é apenas o gramado de sua belíssima arena, e sim a má qualidade da equipe? Pois é, com uma folha de quase R$ 300 milhões anuais, e um discurso de que o Atlético Mineiro é o “melhor time do mundo”, os dirigentes querem apenas enganar seu torcedor.


Acredite quem quiser, pois a realidade mostra algo bem distante disso, exceto para aqueles que são obrigados a falar bem do time, esteja ele em boa ou má fase. Esses, o torcedor sabe quem são. E, “contra fatos não há argumentos”.

 

 

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