Torcida do Flamengo questiona o trabalho do técnico Tite no comando do Flamengo -  (crédito: MAURO PIMENTEL / AFP)

Torcida do Flamengo questiona o trabalho do técnico Tite no comando do Flamengo

crédito: MAURO PIMENTEL / AFP

 

 

O Flamengo não vai manter Tite para a temporada 2025. Nem o candidato da situação, nem os da oposição querem o fraco treinador, que recebe R$ 2,5 milhões, mesmo que ganhe algum título nesta temporada. Tite tem, teoricamente, uma “Ferrari” nas mãos, mas só sabe dirigir um “fusca”, por isso seu trabalho é tão inconsistente, fraco e mentiroso. Em um ano no comando da equipe, que tem, na teoria, dois grandes jogadores por posição, ele não conseguiu dar padrão de jogo, qualidade ou qualquer organização. A torcida não o suporta mais, porém, eu avisei em outubro, quando o contrataram. Acompanhei esse cara na Seleção Brasileira. Um trabalho pífio, um discurso prolixo, o chamado “titês”, que não engana mais ninguém. O “encantador de serpentes” foi desmascarado, exceto pelos baba-ovos, que têm até medo de perguntar. Depois de rebaixar o Atlético, em 2005, Tite só teve um bom trabalho, no Corinthians, em 2012. De lá para cá, fracassos e mais fracassos, principalmente na Seleção Brasileira.


Alguns perguntam o motivo de eu não gostar do Tite. Ora, meus amigos e minhas amigas, eu convivi com Telê Santana, Carlos Alberto Silva, Parreira, Zagallo, Vanderlei Luxemburgo, em clubes e na Seleção. Esses mestres me ensinaram a entender tática, conceitos de futebol e tudo o mais. Seus treinos, eram abertos do começo ao fim, pois não tinham medo de mostrar o que queriam, diante da imprensa. Aí chega essa “nova era”, onde os jornalistas só podem ver o “bobinho”, por 15 minutos, e depois são mandados embora. Aí a gente só pode assistir as equipes nos jogos. E nas partidas, é uma decepção, um fracasso só. As desculpas, esfarrapadas de Tite, após os jogos, são terríveis. Ele nunca assume nada. Uma hora é o excesso de jogos, o calendário, o árbitro, o gramado, o horário, a torcida. Tite não assume seus erros e seus fracassos. É um técnico medíocre, como tantos Brasil afora. Aí vocês querem que eu goste de um treinador desses? Não há como. Esse Tite ajudou a tornar o futebol brasileiro o que é hoje: retranca, pancada, sem esquema tático nenhum, e com técnica na lama. E vejam bem: não gosto do técnico, do treinador, pois a pessoa eu não conheço e não me cabe julgar. Se não quer sofrer críticas ou elogios, que vá dirigir o “Bambala ou Arimatéia”.


Vocês já perceberam que de 2007 para cá só tivemos técnicos gaúchos? Dunga (2007 e 2016), Mano Menezes (2010 a 2012), Felipão 7 a 1 (2013 a 2014), e Tite (2016 a 2022). Está aí a explicação para o nosso futebol está na lama. A linguagem dos técnicos gaúchos é “pega, mata a jogada, dá pancada, não deixa ele pegar na bola”. Ao invés de gritarem “tabelem, driblem, façam o gol”. Nada contra o Rio Grande do Sul, estado que adoro e onde tenho grandes amigos, mas sim contra o sistema de jogo empregado lá. Reconheço, entretanto, que a safra é muito ruim.


O Flamengo não quer mais Tite, eu o teria demitido no vestiário, após a derrota para o Peñarol, e vai atrás de um técnico para 2025, seja qual for o presidente, já que o clube terá eleições em dezembro. O Cruzeiro não deve ficar com Seabra, em 2025, e o nome forte é o de Renato Gaúcho. Não vejo o menor problema em anunciar um técnico para a temporada seguinte. Na Europa, isso é absolutamente normal, e o técnico que sabe que sairá, não faz corpo mole, nem tripudia. Ele faz seu trabalho com dignidade, até o último dia. Portanto, se Flamengo e Cruzeiro já têm nomes na cabeça ou mesmo se já acertaram com os técnicos para 2025, que bom. Planejamento sério é isso. Chega de hipocrisia, pois no futebol não há verdade que dure meio minuto. Por isso, os técnicos estrangeiros fazem sucesso no Brasil. São estudiosos, trabalhadores, observadores e têm esquemas táticos de verdade, que o digam Abel Ferreira, Arthur Jorge, Vojvoda e, num passado não muito distante, o precursor Jorge Jesus. Vamos evoluir, gente. Precisamos mudar nossa filosofia, conceitos e o próprio futebol.

 

“Nepotismo”

Sei que o nepotismo é uma palavra usada para políticos que empregam parentes, mas o futebol mundial está indo por esse caminho. Vários são os técnicos que levam seus filhos como auxiliares. Tite e “Titinho”, Dorival Júnior e Lucas, Ramon Dias e Emiliano, Ancelotti e seu filho, e por aí vai. Não é correto aceitar isso, pois os filhos podem até ser preparados, mas não têm bagagem para auxiliar seus pais. Na Seleção Brasileira, então, é mais grave. Quando a gente via o “Titinho” dando instruções ao Neymar, durante o jogo, ficava espantado. Que experiência e bagagem esse sujeito tem para querer instruir Neymar ou outro jogador? Está tudo errado no mundo do futebol.