Atacante Deyverson sai do banco de reservas e garante a vitória, e a classificação, contra o Fluminense, na Arena MRV -  (crédito: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)

Atacante Deyverson sai do banco de reservas e garante a vitória, e a classificação, contra o Fluminense, na Arena MRV

crédito: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press

Só um time jogou para vencer. Somente uma equipe praticou futebol de verdade e o resultado foi a classificação para a semifinal da Libertadores para enfrentar o River Plate. Deyverson entrou no lugar do péssimo Bernard, que saiu machucado ainda no primeiro tempo. E foi ele o herói, ao marcar dois gols, um deles em cima do fraco Thiago Silva, e garantir a vaga. Hulk perdeu um pênalti, muito bem defendido pelo gigante Fábio, enquanto Paulinho, irreconhecível, perdeu dois gols cara a cara. Foi a melhor partida do Atlético no ano, e, embora Deyverson tenha sido o herói, para mim, Scarpa foi o nome do jogo, assim como Lyanco, que comandou tudo ali atrás. É bem verdade que o Fluminense abriu mão de jogar. O retranqueiro Mano Menezes merece mesmo o rebaixamento, jamais a classificação.

 

A torcida alvinegra deu um show, com mais de 43 mil pagantes, que proporcionaram uma renda de mais de R$ 3 milhões. O Galo se impôs o tempo todo em sua arena, seu terreiro, e mostrou ao Fluminense que ali quem manda é ele. O goleiro Everson não fez uma defesa sequer, e isso mostra realmente o que foi a partida. Tinha caixa para o Galo meter uns 5 a 0, mas a quantidade de gols perdidos, quase comprometeu a classificação. Espero que daqui para a frente Milito esqueça Bernard e mantenha Deyverson no ataque. O cara é iluminado, assim como foi naquela final contra o Flamengo, quando tomou a bola de Andreas Pereira e marcou o gol do título do Palmeiras. Ele é referência na área, sobe muito e sabe cabecear.

 

 

O Galo está vivo em duas frentes: semifinal de Copa do Brasil, onde vai enfrentar o Vasco, com o primeiro jogo em sua arena, e na Libertadores, para jogar contra o River, também com o primeiro jogo em seu terreiro. Isso implica dizer que será preciso fazer o resultado no jogo de ida para ter alguma vantagem. Decidir no Maracanã ou São Januário, contra o Vasco, não é tarefa fácil, assim como buscar vaga na final da Libertadores no Monumental de Nuñes. A final também será disputada lá e os argentinos vão fazer o possível e o impossível para estarem na grande decisão. O Galo tem que estar de olho na arbitragem, pois não é qualquer juiz que tem a tranquilidade de apitar um jogo na Argentina. A pressão lá será gigantesca. Qualquer vitória no primeiro jogo será importante para o Atlético, e que ele faça uma grande partida, no jogo de ida, como fez contra o Flu, ontem. Um Galo incisivo, decisivo e em busca do gol o tempo todo.

 

 

Assisti a alguns jogos do time argentino. Está em reconstrução e trouxe de volta o técnico Marcelo Gallardo, bicampeão da Libertadores com o clube. Mas não é esse bicho de sete cabeças. Se o Atlético se concentrar e entender que será necessário fazer um grande resultado em casa, não tenho dúvidas de que complicará a vida dos argentinos. Agora, é comemorar, e muito, essa grande vitória. Foi o time que propôs o jogo, que quis fazer os gols e foi premiado com isso. Futebol é bola na rede, o resto é balela. O Flu reclama de falta na jogada do segundo gol, ainda na origem da jogada. O negócio é chorar na cama, que é um lugar quente, pois o árbitro não viu nenhuma irregularidade. Deu Galo na cabeça, vivo em duas semifinais, e contando sempre com a força da massa, que jamais deixou de acreditar.


Botafogo avança

 

O Botafogo está na semifinal da Libertadores e vai encarar Peñarol ou Flamengo, que jogam hoje, em Montevideo. O time alvinegro, que venceu por 5 a 4 nos pênaltis, depois do empate por 1 a 1 no tempo regulamentar, pratica o melhor futebol do Brasil, e merece muito. Pode ser campeão Brasileiro e da Libertadores, o que seria um ano fantástico para o clube. Eu gostaria de ver uma final em preto e branco, com Galo x Botafogo, e você? Os argentinos morreriam de inveja, pois serão palco da grande decisão, no Monumental de Nuñez.