Atacantes Kaio Jorge e Lautaro Díaz foram decisivos diante do Libertad-PAR, que garantiram a classificação do Cruzeiro às semifinais da Copa Sul-Americana -  (crédito: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)

Atacantes Kaio Jorge e Lautaro Díaz foram decisivos diante do Libertad-PAR, que garantiram a classificação do Cruzeiro às semifinais da Copa Sul-Americana

crédito: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press

 

O Cruzeiro está de volta ao cenário internacional ao chegar às semifinais da Copa Sul-Americana, onde vai enfrentar o argentino Lanús, visando chegar à final, que será disputada em Assunção, no Paraguai. É sabido que esse gigante está acostumado a disputar Libertadores da América, mas, como foi jogado aos leões em 2019, disputar a Sul-Americana é o que há no momento, até que ele possar voltar a competição na qual foi bicampeão, disputando quatro finais. Ganhou em 1976 e 1997. E vale lembrar que ganhando a atual disputa, garantirá vaga na Libertadores do ano que vem, sem se preocupar com a colocação no Brasileirão. Estou apostando numa final brasileira entre Cruzeiro x Corinthians, mas não me importo muito com o grupo de lá, o importante é que o Cabuloso esteja na grande decisão, seja contra o time paulista ou contra o Racing.

 

 

Fernando Diniz estreou com empate diante do fraquíssimo Libertad. Sorte que o time azul fez o resultado, com Seabra, lá no Paraguai, pois o jogo de quinta-feira não me agradou nem um pouco. Um começo bom e depois os mesmos erros dos últimos jogos, e a expulsão de Romero, que deveria ser multado, pois já havia levado cartão amarelo, quando pegou a bola com a mão, infantilmente. Se o árbitro não apitou a falta, o jogador tem que ficar atento. Claro que não podemos cobrar de Diniz, que assumiu na terça-feira, mas ele vai ter trabalho para fazer o grupo voltar a praticar o bom futebol. Matheus Pereira continua devendo, embora seja apontado como craque, coisa que não existe no futebol brasileiro. Parece desinteressado, participa pouco do jogo e está cheio de “caras e bocas”. Se fosse tudo isso que se acha, estaria jogando num grande clube europeu.

 

 

Não gostei também de ver o Cruzeiro tocando tanta bola ali atrás. Já falei que não concordo com isso, pois você atrai o adversário para o seu campo e isso pode ser letal. Fernando Diniz e os demais técnicos brasileiros estão com essa mania. Futebol é bola pra frente, tabela, drible, passe e gol. Diniz terá a data Fifa inteira para trabalhar, antes, porém, precisa faturar os 3 pontos contra o Vasco, domingo, no Mineirão, e o time carioca deve entrar com equipe mista, já que está preocupado com a semifinal da Copa do Brasil, onde vai enfrentar o Atlético, decidindo a vaga em sua casa, no Rio. O segundo jogo será lá. É hora de aproveitar, jogar bem e ganhar os três pontos, mantendo-se entre os ponteiros, já que faltam 11 rodadas para o fim do Brasileirão.

 

 

Como é bom ver o Cruzeiro de volta ao seu lugar, disputando taça e bem colocado na competição nacional. Aqueles que torcem contra e têm inveja, pois é o maior ganhador de taças das Minas Gerais, os números mostram isso, devem estar se contorcendo, pois imaginavam que seria o fim do clube, quando o jogaram na lama. Mas se reergueu, como uma fênix, e já deu a volta por cima, mais rápido do que muitos imaginavam. Esse clube nasceu para representar Minas Gerais nos cenários nacional e internacional, com as conquistas mais grandiosas da história. Ver o Mineirão lotado – o Cruzeiro tem uma das maiores médias de público – e a China Azul fazendo um barulho ensurdecedor na Pampulha não têm preço. A torcida faz barulho mesmo, essa é campeã de audiência.

 

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Que Diniz faça prevalecer seu trabalho, que foi ótimo no Fluminense e que deu a ele o maior título de sua história, a Libertadores, do ano passado. Até novembro, quando conheceremos o novo campeão da competição, Diniz pode se orgulhar de ser o dono daquele caneco. Ele terá muito trabalho para fazer alguns reforços jogarem bola, para melhorar o esquema de jogo e para implantar sua filosofia. Mas é um cara honesto e trabalhador, o que é meio caminho andado para o sucesso. Que os jogadores entendam a nova filosofia e que deem uma resposta no Brasileirão, voltando a sonhar com a vaga na Libertadores, pois o título não dá mais. É ganhar do Vasco e seguir firme, pois a semifinal da Sul-Americana será somente no fim de outubro. Até lá, já poderemos ter mais confiança em Diniz e no seu trabalho.