Em entrevista ao podcast “Prateleira de Cima”, dos grandes jornalistas e amigos Chico Maia e Régis Souto, na segunda-feira, em 2 horas e meia de uma ótima conversa, revelei que em Minas Gerais eu sou Cruzeiro Cabuloso, que gosto e adoro o time azul. Aliás, como vivi mais da metade da minha vida em BH, me tornei mesmo um fã desse gigante das Minas Gerais, com os títulos mais importantes da história do Estado, e dessa fantástica torcida. Já fui até ao Mineirão, com a camisa do Cruzeiro, naquela final, em 2009, da Taça Libertadores da América. E daí, é um direito meu torcer para quem eu bem entender, pois jamais desrespeitei qualquer outra instituição. Como flamenguista, declarado, jamais deixei de criticar as coisas erradas do meu time, mas fui me afastando dele, à medida que o tempo ia passando e eu me apaixonando cada vez mais por BH. Profissionalmente, em épocas em que não havia os “imbecis das redes sociais”, torci pelo Galo contra o Flamengo, pois era importante para o nosso Estado. E jamais deixei de reconhecer que se o Atlético não tivesse sido tão garfado na história, teria pelo menos uns seis Brasileiros, pois o que os árbitros fizeram ao longo do tempo foi uma covardia sem precedentes.

 



 

Dito isso, informo aos haters e odiosos que estou “cagando e andando” para suas pragas e que desejo o triplo do que me desejam. Desculpem a expressão chula, mas é o que merece esse tipo de gente mesquinha, mal-amada, mal resolvida e de mau-caráter que existe na internet, como se ali fosse terra de ninguém. Quando a gente percebe que a tal Deolane Bezerra, que só conheci quando foi presa, pois jamais seguiria esse tipo de pessoa nas redes sociais, foi ovacionada pelos milhões de seguidores que tem, ao ser colocada em liberdade, com o uso de tornozeleira, realmente a gente percebe que o mundo está de cabeça para baixo. Nos bons tempos, da família e dignidade, “influencers” eram pais, professores, educadores. Hoje, como muito bem disse o poeta e escritor italiano Umberto Eco, “as redes sociais deram voz a uma legião de imbecis, que antes discutiam assuntos, num bar, tomando uma cerveja ou um vinho, e hoje acham que ocupam o mesmo espaço de um Prêmio Nobel”. Ele resumiu muito bem o que representam as redes sociais.


Vargas, do Atlético, ignora fair play, faz gol polêmico pelo Chile e inicia confusão

 

Alguém se incomodar pelo fato de você torcer por outro time, que não é dele, e de dizer as verdades, que todo mundo conhece, mas não gosta de ouvir, é realmente o fim. Que gente doente, que mundo é esse? A presidente do Palmeiras, que denunciou uma facção do clube, que a ameaçou, pediu a prisão de alguns membros da gangue, mas não foi atendida pela Justiça. Isso é temeroso, pois o dever do Estado é proteger o cidadão de bem, e Leila Pereira é muito do bem, a melhor presidente de clubes do país, dando aula aos seus pares. Ela não dá ingresso, não faz média com a torcida, não aceita que bandidos invadam o CT do Palmeiras, nem que se aproxime de técnico e jogadores. Chamou a polícia e nenhum dos marginais teve acesso ao local de trabalho dos atletas. Parabéns, Leila, você representa a esmagadora maioria dos que são do bem. Que a Justiça prenda esses marginais, os ponha na cadeia e que eles sofram penas severas. Chega dessa bandidagem frequentando o futebol.

 

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E, para fechar, o futebol só tem razão de ser se for emoção, paixão limitada e amor. Brigas, violência, matança, guerras não combinam com o esporte bretão. Que cada um torça por quem e para quem quiser. Eu nunca induzi meus filhos a torcerem por ninguém. E o que temos visto é um aumento considerável de jovens torcendo por times europeus, principalmente pelo Real Madrid, pois a maioria dos garotos de hoje percebe que na Europa se pratica o verdadeiro futebol. Exceto aqueles que os pais obrigam a torcer pelos times deles, os saudáveis e do bem deixam a “molecada” escolher e ser feliz. Menos ódio, gente, mais amor. Sejam felizes, tenham Deus no coração, e lembrem-se que “o futebol é a coisa mais importante, entre as menos importantes da vida”. Roberto Abras, um dos grandes radialistas das Gerais, atleticano declarado, tem um neto cruzeirense. Que legal que o avô e os pais deixaram o garoto fazer a sua escolha. Isso mostra a grandeza dos Abras. Assim como há muitos cruzeirenses com filhos atleticanos. Viver numa democracia é isso, se bem que no Brasil não conhecemos essa palavra há décadas, principalmente no atual governo e com o “Mussolini” mandando e desmandando no país. Como diz meu amigo Renê Simões: “viva com fair-play”.

 

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