O Timão é um dos maiores, ou talvez o maior devedor entre os clubes brasileiros, com mais de R$ 2 bilhões de passivo. Curiosamente, continua contratando jogadores importantes e dando calote na praça. O presidente do Cuiabá está revoltado com a diretoria do clube paulista, assim como a diretoria do Flamengo, pela venda de Mateuzinho e Hugo Moura, sem receber as parcelas devidas.
Como consequência, o Corinthians terá de pagar mais R$ 500 mil ao rubro-negro, caso queira escalar o goleiro Hugo. Eu faria diferente: pegaria os dois jogadores de volta, sem dó nem piedade. O futebol brasileiro é o único que permite essa vergonha.
Como um clube devedor, sem crédito na praça, paga a Memphis Depay, por exemplo, R$ 60 milhões? Só pode ser baseado naquela célebre frase de Vampeta, quando esteve no Flamengo, nos tempos das “vacas magras”: “Eu finjo que jogo, o Flamengo finge que me paga”. Em qualquer país sério, onde o futebol é tratado da mesma forma, isso seria inadmissível. Depois vêm os “lacradores” e não querem que a gente critique o nosso futebol e o país em geral.
Enquanto os clubes não se transformarem em empresas e forem administrados como tais, não sairemos desse lugar. Na Itália e Inglaterra, por exemplo, clubes foram rebaixados por não quitarem suas dívidas. Se bem que o Corinthians está perto de cair, pela incompetência de seu time e de sua diretoria.
A exigência da torcida deixa os dirigentes apavorados. Os caras invadem CTs, quebram carros de jogadores, ameaçam dirigentes e suas famílias. Como “solução”, jogadores são contratados, mesmo sem que haja dinheiro em caixa. Cotas de TVs são antecipadas até o próximo século, e, sendo assim, a irresponsabilidade atropela a racionalidade.
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Com uma dívida impagável como a do Corinthians, é importante que os outros clubes não lhe deem mais crédito. Simples assim. O presidente do Timão e sua diretoria não são donos do clube, mas cometem atos irresponsáveis, sabedores que não serão punidos, pois vão jogar a “sujeira” para debaixo do tapete e deixar a gigantesca dívida, que receberam dos antecessores, para os próximos a assumir o clube. É uma bola de neve sem fim.
Estou citando o exemplo do Corinthians porque os dirigentes de Cuiabá e Flamengo puseram a boca no trombone, mas há vários outros clubes na mesma situação. Não há uma fiscalização, não há fair-play financeiro, não há absolutamente nada. Os clubes não conseguem formar sua própria Liga e cuidar dos seus destinos, que dirá se organizar financeiramente.
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Os clubes que se transformaram em empresas, ainda que com dívidas grandes, estão equacionando com os credores, pedindo descontos e fazendo sua parte. Dever todos podem, mas, de uma forma ou de outra, é preciso resolver tais dívidas.
Fico imaginando como o Timão está fazendo para manter os salários em dia. O time está caindo no Brasileirão e é sabido que os jogadores atuais são movidos a dinheiro, jamais por paixão. Esse negócio de que “fazem parte do bando de loucos” não passa de balela. Deixa a conta deles vazia para ver onde o Corinthians vai parar.
Não há outra solução para os clubes brasileiros. Ou se transformam em empresas, ou vão sucumbir diante da modernidade, dos salários exorbitantes e da irresponsabilidade de dirigentes amadores, que dizem trabalhar por “amor” ao clube, sem qualquer remuneração. O profissionalismo está aí para quem quiser adotá-lo. Chega de tanto amadorismo no futebol brasileiro. Pelo fair-play financeiro já.
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Níver de Pedrinho Lourenço
Não há palavras para descrever o quão humano é o nosso querido Pedrinho Lourenço, que fez aniversário ontem, comemorando em Portugal, com sua esposa, filhos e netos. Um dos caras mais simples que já conheci na vida, trabalhador ao extremo, honesto e competentíssimo. Parabéns, meu irmão, você é um cara iluminado e merece muita saúde e vida longa. Que Deus, na sua infinita bondade, te proteja e guarde. E que seu Cruzeiro Cabuloso e o nosso Supermercados BH continuem a te dar muitas alegrias. Felicidades!