Corinthians e Flamengo decidiram ontem, no Itaquerão, o segundo finalista da Copa do Brasil. O time paulistano vive crise financeira, sem precedentes, devendo R$ 2,5 bilhões, mas contratando jogadores como Memphis Depay, que ganha R$ 3 milhões mensais. O Timão está dando calote na praça e já foi criticado por Flamengo, Cuiabá, a quem deve, e pelo presidente do Vitória-BA, que exige o fair play financeiro.
É sabido que no Brasil os dirigentes ditos “amadores” fazem a festa do boi, contratando sem dinheiro, atrasando salários e jogando a sujeira para o sucessor. O time paulista vive um turbilhão de denúncias contra o atual presidente, cujo impeachment já foi até pedido. É uma vergonha o que acontece com o clube que tem 35 milhões de torcedores, que estão fazendo vaquinha. Segundo consta, se cada um doar R$ 23, o Corinthians conseguirá quitar sua dívida. Resta saber se terá “trouxas” para tirar o dinheiro de sua casa e doar para time de futebol. Isso é o fim!
Do outro lado, um Flamengo organizado financeiramente, com faturamento de R$ 1,6 bilhão anualmente, folha salarial de quase R$ 500 milhões, totalmente em dia. O rubro-negro foi saneado na gestão Bandeira de Melo, e é superavitário. Atravessa crise técnica desde que contratou o péssimo Tite, mas tenta se reorganizar com Filipe Luís.
Foi eliminado da Copa Libertadores, e no Brasileirão as chances são remotas depois da derrota para o Fluminense, quinta-feira.
Foi o duelo entre a organização (Flamengo) e a bagunça e dívidas gigantescas (Corinthians). Ou o futebol brasileiro se moraliza, cria uma Liga e o fair play financeiro, ou vamos ficar estacionados com gestões temerárias, que só não levam os clubes à falência porque uma equipe que tem 35 milhões de torcedores, como o Timão, por exemplo, não pode morrer.
Porém, é triste ver o futebol brasileiro seguindo o rumo do país, desgovernado, sem credibilidade, corrupto e violento. Com todos esses problemas, ainda somos os únicos pentacampeões do mundo. Até quando, ninguém sabe.
Hansi Flick e suas regras
Treinador do Barcelona há 100 dias, o alemão Hansi Flick criou 10 regras para que os jogadores entendam o profissionalismo, e isso tem levado seu clube a grande campanha na temporada.
Pontualidade, controle diário de peso, hábitos de nutrição, ativação em dia de jogo, concentração em dia de jogo, descanso pós-jogo, treinos longos e intensos, fim das sanções econômicas quando um jogador errar, limitação dos feriados e folgas, relação profissional.
Isso significa dizer que Flick não tem o jeito “paizão”, e que cada jogador tem de ter a sua responsabilidade e compromisso. A porta da sua sala está sempre aberta para o diálogo, mas não aceita interferências em seu trabalho.
Gostaria que os técnicos brasileiros, preguiçosos que são, copiassem o que de melhor os técnicos europeus fazem.
Siga nosso canal no WhatsApp e receba em primeira mão notícias relevantes para o seu dia