As datas das semifinais da Copa do Brasil estavam marcadas há tempos, mas, a pedido de Atlético e Flamengo, foram alteradas e serão disputadas em um sábado e em um domingo, 19 e 20 de outubro, para que essas equipes tenham de volta os jogadores convocados para a Data-Fifa. Corinthians e Vasco protocolaram sua insatisfação e prometem recorrer ao STJD, o que implica dizer que nada vai acontecer, pois a CBF resolveu atender seus dois filiados, em detrimento de outras equipes, que serão prejudicadas com a cessão de jogadores.

Pior que isso, a TV Globo, detentora dos direitos de transmissão da Copa do Brasil, pôs os jogos de acordo com seu interesse e teremos o jogo Corinthians x Flamengo em um domingo, às 16h. Era tudo o que a emissora carioca queria, para aumentar a sua baixa audiência, depois que virou uma TV comum, com vários profissionais desqualificados, programação pobre, algumas delas, como o tal BBB, que servem para mostrar intrigas, fofocas e maledicências. O povo brasileiro acordou e já não assiste mais tal emissora, exceto, o futebol, quando não passa em outra rede de TV.

 

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Já passou da hora de termos uma intervenção na CBF. Ela deveria cuidar única e exclusivamente da Seleção Brasileira, mas não é isso o que acontece. Manda nos campeonatos, nos clubes e desmanda no nosso futebol. O atual presidente, Ednaldo Rodrigues, só está no cargo por uma liminar de Gilmar Mendes, que deveria se dizer impedido de julgar tal ação, pois, segundo denúncias, o escritório de seu filho presta serviços à entidade.

A eleição de Ednaldo, segundo consta, foi ilegal e deveria ser anulada. É o presidente mais fraco que a entidade já teve, a fica se vitimizando ao dizer que é perseguido por ser “nordestino e negro”. Ele ganha mais de R$ 1 milhão mensais, com seus salários na CBF, Conmebol e Fifa. Tá fazendo seu “pé de meia” e, como tantos outros, sairá da entidade milionário.

 



 

Bem feito para os clubes que não conseguem se unir, fortalecer e criar a própria Liga. O ego dos dirigentes amadores não permite. Vejam o exemplo do Flamengo, que já gastou R$ 55 milhões em multas a treinadores, por uma péssima gestão de Rodolfo Landim. Aliás, há denúncias contra ele, acusando-o de gestão fraudulenta de instituição financeira do FIP Brasil Petróleo, com prejuízo de mais de R$ 100 milhões.

É esse cara quem comanda o clube de maior torcida do país. Ainda bem que sairá, caso a oposição ganhe a eleição em dezembro, pois se a situação ganhar, já foi convidado por Dunshes de Abranches para ser CEO do Flamengo. Deus me livre.

Esse é o futebol brasileiro, onde os dirigentes são tratados como celebridades, e, alguns deles, investigados por suspeita de corrupção. Por isso mesmo, não podemos esperar algo melhor da CBF. Se houver alguém capaz de acabar com esse tipo de gestão “amadora” no futebol e com as federações, que só servem para votar no presidente da CBF, recebendo “mesadas pesadíssimas”, vamos todos aplaudir. Só mesmo no Brasil, país da corrupção e falcatrua, existem tais federações.

Voltando a Flamengo e Atlético Mineiro, serão sim beneficiados com a mudança da data do segundo jogo pela CBF. O dia em que os outros clubes fizerem greve e não aceitarem tais manipulações, nosso futebol poderá melhorar.

 

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Na Inglaterra, há uma movimentação dos jogadores para uma greve geral, pelo excesso de jogos na temporada. No Brasil deveria haver greve dos torcedores, não indo a campo, enquanto essas falcatruas, como a mudança da data desses jogos, acontecerem. Vale lembrar que hoje os beneficiados são Flamengo e Atlético Mineiro, mas, amanhã, eles poderão também ser os prejudicados.

 

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O melhor teria sido os dirigentes desses dois clubes não cederem seus jogadores para as seleções, afinal, quem paga seus salários são os clubes, e na hora de uma contusão, quando servem suas seleções, é um sufoco para receber a indenização da Fifa e pagar os salários.

O grande problema de dirigentes, jogadores e torcedores é que quando são beneficiados, ficam caladinhos, mas quando são prejudicados, põem a boca no trombone. O exemplo mais recente foi o erro do árbitro no gol que classificou o Atlético, contra o Fluminense, na Libertadores, em falta cometida na origem da jogada, em Martinelli, do Flu. Ninguém do alvinegro falou nada ou esbravejou na coletiva.

Já no primeiro pênalti contra o mesmo Galo, no jogo com o Palmeiras, foi uma gritaria só. E não houve pênalti mesmo, o árbitro errou. É sempre assim, no Brasil, a “lei de Gérson” tem de prevalecer. Por isso, estamos na lama no futebol, na política, na programação de televisão, na violência, na falta de saúde e educação.

 
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