Hulk, sempre ele. O cara que não desiste nunca e , com a bola nos pés, é um terro para os goleiros. Foi bem marcado o tempo todo, mas, na única bola em que a marcação afrouxou, dominou e bateu no ângulo, empatando o jogo e pondo o Galo na final da Copa do Brasil. O técnico Gabriel Milito entrou para empatar e quase se deu mal.

 



 

O Galo fez um primeiro tempo ruim, sem a pegada de jogos anteriores. Scarpa estava muito mal, Hulk não se aproximava de Paulinho e, assim, o Vasco foi no ímpeto e na vontade, pois seu time é muito inferior ao Atlético Mineiro. Conseguiu um gol em cobrança de penalidade de Vegetti – aliás, um pênalti infantil cometido por Otávio, que o árbitro e o VAR levaram seis minutos para definir, quando a coisa estava bem clara. Esse é o péssimo nível da arbitragem brasileira.

 

No fim das contas, o Galo chegou à final por ter apresentado um bom futebol no primeiro jogo, que poderia ter definido, pois perdeu um caminhão de gols.

 

 

Os jogadores não terão muito tempo para comemorar ou mesmo se recuperar, já que terça-feira farão mais uma decisão, contra o River Plate, na casa do Galo. É inadmissível uma equipe decidir num sábado, e quatro dias depois já ter um outro jogo complicado. O futebol brasileiro caminha a passos largos para o fim.

 

De qualquer forma, os jogadores do Galo comemoraram, e muito, a classificação para a final da CB, e, desde algum tempo, venho avisando que será importante o Atlético ir à CBF e pedir arbitragem da Argentina, Uruguai ou Chile. Não vejo nenhum árbitro brasileiro em condições de dirigir uma final quando o alvinegro vai enfrentar Corinthians ou Flamengo, que decidem a vaga hoje.

 

 

A história mostra que os árbitros tem uma certa “tendência” a favorecer equipes do Rio e São Paulo, não porque são venais e, sim, porque são ruins mesmo. Para evitar o filme que já vimos tantas vezes, seria melhor a equipe mineira se precaver e fazer esse pedido à CBF, ainda que isso tenha um custo alto. Ganhar a taça não tem preço.

 

A Copa do Brasil continua a ser o caminho mais curto para a Libertadores, além de ter a maior premiação do futebol brasileiro. Em 10 jogos, você pode levantar a taça e colocar nos cofres mais de R$ 70 milhões. Jogando bem ou mal, o importante para o torcedor alvinegro é que o Galo chegou a mais uma final, cumprindo aquilo que foi estabelecido.

 

 

É bom o torcedor entender que será uma final de gigantes, seja qual for o adversário do Atlético, e numa final como essa não há favorito. Ainda teremos o sorteio, que decidirá quem vai fazer o primeiro jogo em casa. O torcedor gosta que o jogo final seja na sua casa, e seria fantástico para o alvinegro ter a primeira final na arena nova, que tem pouco mais de um ano da inauguração.

 

O desgaste ontem foi muito grande, e Milito não terá tempo de ajustar sua equipe para o jogo pela Libertadores, terça-feira. Acho que funcionará muito mais por vídeos, palestras e conversas. Milito é argentino e conhece muito bem o River Plate. Vale lembrar que a final da Libertadores será no Monumental de Núñez, e a Conmebol fará o impossível para que o time argentino esteja em seu estádio. É bom também ficar de olho na arbitragem, pois fazer o resultado na terça será fundamental para o Atlético chegar à Argentina com uma boa vantagem.

 

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O importante é saber que o Galo está na final da Copa do Brasil, que os torcedores que foram a São Januário e pegaram chuva do começo ao fim do jogo vão voltar para BH com a certeza do dever cumprido. Pelo que tenho visto, eles preferem encarar o Corinthians ao Flamengo, mas, quem quer ser campeão não pode e não deve escolher adversário. Que venha um ou outro, não importa.

 

O torcedor alvinegro está feliz da vida e sabedor de que a possibilidade do tricampeonato da Copa do Brasil é real. Hulk, sempre ele, o cara do jogo, decidiu mais uma vez. Quem tem Hulk, tem tudo, e, é com ele que a torcida conta para faturar mais uma taça. Valeu, Galo!

 

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