Que bom que existe o Botafogo. Que ótimo que o técnico português, Arthur Jorge, está dando aula de bom futebol, jogado pra frente, com toques, tabelas, dribles e gols. Que bom que Luiz Henrique jogue com toda a alegria e seja o craque do campeonato – tomara que não esteja envolvido em esquema de apostas, como está envolvido Paquetá. Que bom que o Botafogo não fica dando toquinhos para trás, infrutíferos e perigosos. Que bom que o alvinegro da estrela solitária está dando aula de futebol e mostrando que ainda há solução, quando o grupo é bem dirigido, focado e com jogadores de qualidade.
A estrela solitária não é Luiz Henrique, mas sim, um conjunto muito bem treinado, definido e que dá espetáculo. Pode não ganhar nada? Pode. Quando você faz uma decisão de Copa, do outro lado, o adversário é sempre perigoso, mas, dificilmente o Fogão não será campeão da Libertadores e Brasileiro. Além de merecer, seria um prêmio a quem quer jogar futebol de verdade, sem firulas, artimanhas ou malandragem. Um time que faz um gol e quer dois. Faz dois e quer três, e assim por diante. Acomodação e retranca são palavras que o técnico Arthur Jorge não conhece, nem seu grupo de jogadores.
A aula dada em 45 minutos na goleada histórica de 5 a 0 sobre o Peñarol mostra no que o Botafogo é parecido com os melhores times europeus, justamente por ter um técnico do Velho Mundo, moderno, eficiente e de muita qualidade e empenho. O cara trabalha como um “leão” e os resultados estão aí.
Um salve para John Textor, que vem lutando pela moralização do futebol brasileiro, e que foi chamado de “fanfarrão” pelos desonestos. Como americano que é, ele não quer levar vantagem a qualquer preço. Ao contrário, não quer seu clube beneficiado, mas sim, respeitado. Junto com Pedro Lourenço, tem a melhor SAF do país, pois são dois empresários éticos, sérios e que não se envolvem em escândalos ou confusão. Que bom que o Botafogo está nas mãos certas, com gente direita e correta, competente e transparente. É disso que o futebol brasileiro precisa.
A gente vê tanto “fanfarrão” despreparado, como Marcos Braz – que pelo menos ainda manda no Flamengo –, já que há outros idiotas que pensam que mandam, mas são apenas instrumento nas mãos de quem tem o dinheiro e manda de verdade, ficam dando “shows” patéticos, reclamando da arbitragem, como se seus times não fossem beneficiados por ela também.
Dirigentes que dizem “trabalhar pelo amor ao clube”, mas que na verdade se beneficiam dele, de forma direta ou indireta. Como é pobre o futebol brasileiro, não em termos financeiros, mas em desorganização, em gente despreparada, que não consegue formar uma frase. Chega gente! O mundo moderno quer CEOs competentes, inteligentes, de qualidade, que possam gerir os clubes com olhos de empresários, visando taças e lucros.
Tem muita gente que pegou carona no futebol para se promover, se tornar conhecido, mas que de bola não entende nada. Peguem os clubes no Brasil inteiro e vocês perceberão o que digo. São poucos os clubes que têm executivos competentes, de qualidade e que conhecem do riscado.
Por isso eles perseguem John Textor. O cara chegou para moralizar o nosso futebol, mas os “pavões”, despreparados não aceitam. A mamata vai acabar e eles não vão enganar mais ninguém. Não adianta virar SAF e não ter um CEO que entenda de futebol, de gestão, de finanças. O feudo precisa acabar.
A hora é dessa juventude de qualidade, que tem visão além do óbvio, e que consegue traçar um planejamento a médio e curto prazo. Vejam a gestão do Corinthians, temerária e vergonhosa. Um clube que deve R$ 2,7 bilhões, o presidente acusado de corrupção e nada acontece. Um time com 35 milhões de torcedores, entregue a gente amadora, sem currículo, sem credibilidade, sem qualificação.
Que bom que existe o Botafogo, o Palmeiras, o Fortaleza. John Textor, Leila Pereira e Marcelo Paz estão em outro nível, que nenhum outro clube do Brasil consegue estar. E olha que Leila e Textor não se bicam, mas são éticos e sérios, cada um defendendo seu lado. Marcelo Paz, CEO do Fortaleza, muito transparente e competente, equilibrado ao extremo.
Aos poucos, não haverá mais espaço para Bráz e outros engodos que vemos no nosso futebol. Serão expurgados pela incompetência e falta de qualificação. O futebol brasileiro precisa caminhar nessa direção, cortar os vícios e atrasos, e mandar embora esses despreparados, que fazem mal aos seus clubes. Vamos copiar os bons exemplos, vamos criar a Liga, fundamental para a modernização do nosso futebol.
Enquanto os clubes forem reféns da CBF e Federações, vão continuar nessa lama em que se encontram, exceto os citados, bem geridos e comandados por gente séria, competente e, acima de tudo, transparente. Que bom que existe o Botafogo de Garrincha, Didi, Nilton Santos, Zagallo, Jairzinho e Gérson. Que a estrela solitária volte a brilhar, pois quem trabalha com seriedade e competência merece estar no topo.