Com dois gols, Gabriel Barbosa foi um dos principais nomes do primeiro jogo da final, e deixou o Flamengo muito perto do título da Copa do Brasil -  (crédito: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)

Com dois gols, Gabriel Barbosa foi um dos principais nomes do primeiro jogo da final, e deixou o Flamengo muito perto do título da Copa do Brasil

crédito: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press

Um Atlético irreconhecível no primeiro tempo. Sem inspiração, sem criatividade, sendo dominado tranquilamente. O Flamengo, no Maracanã, diante de sua torcida, ditou o ritmo do jogo e Filipe Luís deu um nó tático em seu colega Gabriel Milito. O resultado foi 2 a 0, nos primeiros 45 minutos, com gols de Arrascaeta e Gabigol. Mas poderia ter sido 5, caso Everson não fizesse duas defesas gigantescas, e Plata chutasse para o gol, da marca do pênalti, preferindo tocar para Gabigol.

 


No segundo tempo, o Atlético ajeitou a marcação e se impôs um pouco mais, porém, tomou o terceiro gol, novamente Gabigol, na área, com 3 a marcá-lo, conseguiu vencer Everson. Esse resultado praticamente colocava o Flamengo com as duas mãos na taça, mas o gol de Kardec, diminuindo para 3 a 1, deu uma esperança maior aos atleticanos, que vão precisar de dois gols de diferença, domingo que vem, para levar às penalidades, ou 3 gols diretos para ser campeão. A destacar a arbitragem, que esteve perfeita, apesar da reclamação de Hulk, que, aliás, foi dominado e não jogou absolutamente nada.

 

 

A arbitragem era a maior preocupação do Atlético, traumatizado pelos erros de José Roberto Wright, em 1981. Porém, dessa vez, a CBF o atendeu, tirando os irmãos Pereira e Daronco, que o time mineiro vetou. Já o Flamengo foi prejudicado com as escolhas de Rafael Klein, que apitou ontem, e Rafael Klaus, que apitará domingo que vem. Ambos têm histórico de prejudicar o time carioca.

 

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Árbitros à parte, apontei o Atlético como favorito, por estar num momento melhor. O Flamengo estava sem oito jogadores, 4 deles titulares: Pulgar, Pedro, Bruno Henrique e De La Cruz. Ainda assim, tinha um time muito forte. E olha que no meio-campo o time rubro-negro tinha apenas Everton e Gérson. O primeiro, garoto da base, que jogou muito. O segundo, articulador de jogadas, que vive excelente fase. Eles deram conta do recado e puseram o meio-campo atleticano na roda. Uma partida quase perfeita do Flamengo.

 

No segundo tempo, Milito acertou a marcação, sem mudar as peças e o Galo conseguiu equilibrar o jogo, em busca do seu gol. Porém, Gabigol recebeu na área, ajeitou, e, mesmo tendo três jogadores à sua frente, venceu Everton e fez 3 a 0. Uma ducha de água fria nos mineiros.

 

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Milito foi para o tudo ou nada, colocando Alisson e Kardec. E na sua primeira bola, Kardec mostrou estrela e diminuiu. Léo Ortiz, até então perfeito, pisou na bola, na entrada da área. Kardec fuzilou, num chute rasteiro e seco, que venceu Rossi, que, a rigor, não fez nenhuma defesa importante. Paulinho e Hulk estavam irreconhecíveis e apenas Scarpa jogava bem.

 

O Galo não está morto e pode muito bem fazer o resultado em sua casa, domingo que vem. Porém, acho improvável, jamais impossível. Pulgar e Bruno Henrique estarão de volta, e não duvidem se o Flamengo entrar com três zagueiros, pois se não sofrer gols será o campeão. A vantagem rubro-negra é gigantesca, mas no futebol não há nada impossível. Não acredito que o Atlético vá jogar mal duas vezes seguidas e é sabido que a torcida, no seu terreiro, faz a diferença. Mas vai encarar um adversário fortíssimo, com o melhor grupo do país, e que se dá ao luxo de decidir uma taça sem sete jogadores importantes: além dos titulares, Luiz Mário, Cebolinha e Viña.

 

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Não tem nada ganho para o Flamengo, e nada perdido para o Atlético. A decisão de 180 minutos vai terminar domingo que vem, em BH, diante dos fanáticos atleticanos, que já declararam que odeiam o Flamengo. Esperamos que Rafael Klaus apite e não apareça, como fez Klein, ontem. E que dentro de campo, a melhor equipe nos dois jogos seja a campeã.